segunda-feira, 14 de julho de 2003

Lula

O que irrita muita gente é que Lula é de esquerda, radicalmente de esquerda, mas é também inteligente e sensato. Que bom seria que ele fosse outro Chávez, outro Fidel. Que ele não tivesse ido a Washington, que ele não tivesse ido a Davos. Ou que ele tivesse ido e tivesse comido com as mãos, não usasse guardanapo. Que ele tivesse ido renovar os disparates clássicos das nacionalizações, reproduzir a cassete anti-capitalista. Enfim, que bom que ele fosse um assanhado.
Mas não. Por onde passa, é ele o sensato. Vejam o que aconteceu no Parlamento português.
Agora que a direita imita a esquerda e reivindica para si o monopólio do bom senso, o que irrita é que a esquerda tenha aprendido com os erros.