quarta-feira, 23 de julho de 2003

O Iraque e o jornalismo que temos

Clara Ferreira Alves põe o dedo na ferida:

«Depois do escândalo do urânio do Níger e da morte de David Kelly, nada será como dantes. Porque, nesses países, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, o jornalismo de investigação, isento e brutal, existe. E em Portugal, país anestesiado, não existe. Existem receptores de informação canalizada com objectivos determinados.
Por isso, ninguém faz a pergunta: sr. Primeiro-Ministro, que provas das armas de destruição maciça, que motivaram o seu apoio aos americanos e ingleses, viu o senhor em Londres? Ou noutro lugar qualquer?»

Acho que só falta acrescentar: nos EUA e no Reino Unido, nenhum jornalista ficaria satisfeito com as respostas evasivas que os políticos portugueses se habituaram a dar.