sábado, 30 de agosto de 2003

Ainda Joni

O Homem-a-Dias deixou-me um bocadito à nora.
Isto porque refere um ensaio do MEC em que se fala de Joni Mitchell e eu tenho o livro, mas não o ensaio. O livro, esse que tem uma citação de Karl Marx (!!!) a abrir, é uma edição de 1974 (insisto nos !!!) e tem o Elvis na capa. Também é da Regra do Jogo, pelo que presumo que ag se esteja a referir a uma reedição que me escapou. Domage.
No entanto, já que estava com a mão a jeito, acabei por tropeçar num texto do MEC sobre o álbum Mingus (no Escrí­tica Pop), em que se fala de arrojo e da incessante busca da perfeição. E da eterna briga entre coração e razão que me parece ser a marca mais forte da sua obra.
Apesar de tudo isto, concordo com o Homem-a-Dias quanto à excelência (superioridade, se quiserem...) de Leonard Cohen. Até gosto do Death of a Ladies' Man (77), a meias com Phil Spector, muito mal gravado, com um som péssimo, que a crítica se encarregou se arrasar. Há ali uma beleza muito triste que me fascina terrivelmente.
Ainda me apetecia partilhar com o Homem-a-Dias o ódio ao peru, esse bicho estúpido que alguém, eventualmente mais estúpido, achou que é comestível. Nunca percebi, de resto, se o peru é um bicho autêntico, natural, digamos assim, ou se foi inventado por alguém completamente desprovido de gosto.
Só não me alongo mais sobre o peru porque o ag diz-me que é coisa de americanos e eu até já tenho medo de falar deles por estas bandas. Há sempre um ou dois cowboys estrategicamente colocados e prontos a disparar quando se toca no sagrada pátria do Tio Sam.