Teoria da estupidez
Quando se aproximam as férias, há dança nas estantes. Livros que saem, livros que entram. Novidades que já o foram e ficaram à espera de melhores dias. Coisas que ficaram a meio. Outras que pedem segunda ou terceira leitura. O ano passado foi A Cidade e as Serras. É extraordinário como a obra de Eça ganha actualidade de cada vez que se lê.
Este ano, cairam-me nas mãos dois pequenos volumes (Celta Editora) do historiador italiano Carlo M. Cipolla, ideais para folhear na relva após o almoço. São pequenos ensaios que se lêem como se de ficção se tratasse.
Um deles intitula-se As Leis Fundamentais da Estupidez Humana e é um daqueles textos que - pensamos quando lemos - descreve com surpreendente rigor pessoas e épocas que conhecemos. E isto independentemente da época ou da teia específica de relacionamentos de cada momento. É um texto que vem sempre a propósito.
Por exemplo, esta é a Primeira Lei Fundamental da Estupidez Humana: Cada um de nós subestima sempre e inevitavelmente o número de indivíduos estúpidos em circulação.
Depois das férias conto mais.
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