sábado, 30 de agosto de 2003

Uma dose de cerejas

As conversas são como as cerejas e, pelos vistos, meter a Joni Mitchell ao barulho até foi boa ideia. Aí vai, portanto, uma dose de cerejas, agora que é sábado de manhã e a blogosfera lusa dorme o sono dos justos.
O MEC. Aí concordo com o Comprometido Espectador. E digo mesmo mais: acho que os vários MEC que surgiram depois do Se7e são imitações. No Indy, no Expresso, na blogosfera... Como prova a meu favor apresento o livro O Amor é Fodido. O genial MEC do Se7e nunca escreveria uma parvoíce daquelas. O Escrítica Pop é uma pérola. Vale bem uma busca aos alfarrábios. É o que vou fazer à procura da tal segunda edição do livro francês.
O Canadá. Sinto-me atraído por aquele verde todo, aquela organização, aquela paz. Mas, ao mesmo tempo, isso assusta-me. Acho que um dia vou ter de experimentar. Depois conto... se os blogues se aguentarem mais uma décadas.
Os elevadores. O Homem-a-Dias e o Comprometido deixam no ar uma certa aversão a elevadores. Não precisarei de lhes recordar Hollywood em abono das potencialidades dos ditos.
Sinatra. Tenho Dias. É pessoa por quem não me sinto Comprometido.
Políticas. Ai de mim. Meti a Joni Mitchell, porque vinha no fio da conversa, num texto sobre política e o Alfacinha levou-me excessivamente à letra. A sua reacção um tanto exaltada (se calhar, culpa minha, que fui ligeiro de mais na abordagem a um dos temas mais caros da blogosfera...) ao meu texto acaba por confirmar as minhas suspeitas e as conclusões originais dos cientistas de Berkeley acerca das motivações das pessoas com pensamento de direita (utilizo esta expressão para simplificar). Depois, há todo um debate sobre patologias e leituras comparadas de textos que nos levaria longe. Ando por aqui só há dois meses, mas já percebi que cada qual arranja sempre uma citações (se forem de tipos americanos, tanto melhor) que corroboram sempre qualquer teoria. Desconfio mesmo que há uns fulanos dos states que se dedicam exclusivamente a fazer textos para serem citados nos blogues.
Justiça. Leiam o Mata-mouros e rendam-se às opiniões mais sensatas que por aí andam sobre a Casa Pia.