Ainda o Le Point
Pronto, desliguem as luzes, eu confesso tudo.
Alguém passou boa parte da tarde (pelo menos três vezes... ) a teclar no Google site:terrasdonunca.blogspot.com Le Point. Parece que há alguém muito interessado em saber a minha opinião sobre o assunto. E não é seguramente a Le Point para me oferecer uma assinatura. Então aí vai, numerado para se perceber melhor.
1. Não gosto da revista. Não a leio habitualmente. Tendo em conta o seu perfil político, deve ser muito lida nos gabinetes da coligação no poder.
2. O que escreveu sobre o caso da pedofilia é tão ou mais leviano quanto aquilo que muitos jornais e revistas portugueses escrevem acerca o que se passa lá fora. Como é «lá fora», pensa-se que se pode escrever tudo, sem o perigo da sanção. Escrevemos sobre as máfias russas como se toda a gente fosse mafiosa em Moscovo. Falamos de um político qualquer europeu e chamamos-lhe corrupto com toda a facilidade.
3. O facto de a revista ter acusado dois ministros do Governo português - um de pedofilia, outro de frequência de meios de prostituição - deveria ter levado o Governo português a reagir. A notícia afecta a imagem de Portugal. E era muito simples: uma cartinha para a revista a exigir publicação do desmentido e uma comunicação à Procuradoria-geral da República «para os devidos efeitos». O PGR diria, então, o que veio dizer agora. Não percebo onde está a dificuldade de perceber estas coisas.
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