sexta-feira, 3 de outubro de 2003

O referendo - interlúdio

Como é possível que a polémica sobre as declarações de Jaime Gama acerca do referendo europeu prossigam nos próximos dias, gostaria de esclarecer duas ou três coisas, para evitar equívocos.
1. Sou totalmente favorável ao projecto europeu e à participação de Portugal. Não gosto é de caminhar vendado.
2. Se houvesse agora um referendo, não saberia como votar, porque não me sinto suficientemente informado.
3. Não tenho posições dogmáticas sobre os referendos. Percebo os pruridos de alguma esquerda, pelo facto de terem perdido os dois que promoveram.
Dito isto, e tendo em conta que sou favorável a um aperfeiçoamento do modelo europeu, considero absolutamente necessário que o passo aparentemente largo que os governos se preparam para dar seja sujeito a consulta popular.
Insisto na ideia de que as declarações de Jaime Gama são muito infelizes e que se inserem num estilo de auto-apoucamento, de menorização, que já não faz sentido, ao fim de três décadas de democracia.
[Detectei textos sobre este assunto no Adufe, Bloguítica, Aviz, Barnabé, Intermitente, Desesperada Esperança, Ai Jasus e Apenas um pouco tarde.]