Pop suiça, perdão, francesa
Há quase duas horas que o MCM está em fundo. O som, digo. A visão dispersa-se, preguiçosa, pelo amontoado de papel dos jornais de fim-de-semana, pelo computador, a MCM só pelo canto do olho...
Serve esta nota para registar a extraordinária previsibilidade da pop francesa. Nestas duas horas, já escutei uma data de gente de que nunca ouvira falar, intercalada com o Daho, a Paradis, os Negrésses, até o Gainsbourg mais óbvio.
A batida esmera-se em não surpreender. A melopeia, a pose, tentam seduzir, num jogo entre o Eurofestival e o erotismo mais desinteressante.
Só o gosto de ouvir cantar em francês justifica esta minha estranha atracção. Porque a pop francesa, generalizando, pois claro, é verdadeiramente suiça - não adianta nem atrasa.
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