quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Sampaio (uma insistência)

CAA [Mata-mouros] é coerente. Já o sabia. Não gosta de Sampaio, não suporta o homem, abomina o discurso, ainda mais a (falta de) acção. Isto nem sequer é uma crítica, apenas uma mera constatação. A provar essa coerência está o facto de insistir em instalar a Presidência no museu de Arte Antiga, quando, de acordo com o que diz, o mais indicado seria mesmo o Panteão Nacional, agora que aquele espaço se abriu a actividades de índole diversa.
Não gostaria de prolongar o debate para lá do tolerável - não quero convencer CAA, nem ele terá essa pretensão. Mas, se tiver paciência, diga-me como resolveria esta equação:
Sampaio tem, muito claramente, dúvidas sobre a política do Ministério das Finanças, nomeadamente quanto à sacralização do combate ao défice. Já o expressou repetidamente (o Diário Económico tem hoje um trabalho interessante sobre a matéria - muitos economistas concordam com o PR) e presumo que tenha transmitido essa preocupação ao primeiro-ministro. Mas que mais pode fazer? Exigir a cabeça de Ferreira Leite? Exigir a mudança de política de um Governo com legitimidade eleitoral? O quê, então?