terça-feira, 11 de novembro de 2003

Brel - agora com imagens

Pronto, não aguento mais. Deus sabe que resisti, que tentei evitar em vós os pecados da cobiça, da inveja.
Mas é verdade, confesso. Tenho andado muito entretido a ver o triplo DVD de Jacques Brel. Chama-se «Comme Quand On Était Beau.» e reune actuações ao vivo, entrevistas e programas para televisão, de 1958 a 1977. A última data (deixou de actuar ao vivo em 66...) justifica-se pelo facto de terem sido incluídas as canções inéditas, à laia de telediscos. Tudo com som e imagem muito bem restaurados.
Algumas das actuações já eram conhecidas, outras nem por isso. São todas boas, sem exagero. Mas uma das coisas que mais impressiona é que o que mais perdurou foi mesmo a música. Alguns programas de televisão são puramente kitsch e mesmo algum overacting de Brel não sobrevive em boas condições ao passar dos anos. Mas as canções não. Essas são claramente eternas, muitas delas de uma modernidade que espanta - podiam ter sido escritas ontem.