Bush, as sondagens e os Estrangeirados
Sou míope. Por isso não posso participar no animado despique que por aí anda acerca do número de manifestantes anti-Bush. Daqui para Londres, só vejo manchas.
Assim por alto, diria que o homem não é propriamente bem vindo. Ele dirá o contrário - quando regressar ao rancho do Texas, contará ao papá que foi recebido com «vivas» e ramos de flores iguaizinhos aqueles que os soldados americanos receberam às portas de Bagdad.
Esta semana, citei aqui uma sondagem do Sunday Times, onde ficava claro que os ingleses não topam o George. Mas depois veio uma sondagem do Guardian (que o Público simpaticamente reproduziu) que dizia o contrário. Basicamente, ficava-se a saber que «mais de 60 por cento dos ingleses apoiam os Estados Unidos incondicionalmente».
As sondagens têm muito que se lhe diga. E, às vezes, as perguntas são mais importantes que as respostas. No caso em análise, querem saber quais eram as perguntas?
A) «De uma forma geral, os Estados Unidos são uma força do bem e não do mal no mundo»
B) «Os Estados Unidos são o Império do Mal no mundo».
Percebem agora o tal apoio?
Eu poderia ter sabido esta história se tivesse lido o Guardian. Mas não. Soube-a através de um novo blogue que recomendo vivamente. Chama-se Estrangeirados e é feito por dois amigos portugueses temporariamente (espera-se...) imigrados. Um está em Londres, o outro em Paris. Vale a pena ficarmos atentos.
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