Eu, o Pedro, o PS, o Saddam e a América (I)
O Pedro, do Dicionário do Diabo, lançou-me há dias um apelo que - vejam lá como os Correios andam nestes dias de Natal - foi parar ao Pedro, do País Relativo. A verdade é que o primeiro Pedro teve culpas no cartório - nem sequer preencheu o campo do destinatário. Como o primeiro Pedro voltou ao tema - e antes que o apelo caia novamente na caixa de correio errada - aí vai a resposta. Como isto dava para um livro, a maioria dos pontos são abordados superficialmente. Desenvolveremos, a pedido.
Abreviando, o Pedro propõe-me um coming out partidário e um consequente alinhamento com a posições do PS em relação à captura de Saddam. Isto porque o Pedro não gostou que eu tenha recusado a taça de champanhe que tantos me estenderam e, pior, ainda me dei ao luxo de desconversar.
Vamos por partes.
Sou de uma esquerda sem complexos em relação ao poder. Por isso, revejo-me com alguma frequência nas posições do PS. Mas não sou militante, pelo que não há qualquer coming out a fazer. Além do mais, essa proximidade é uma faca de dois gumes: tanto me dá para subscrever algumas posições, como me dá para ser mais exigente do que com outros partidos.
Acresce a tudo isto que as opções de política externa dos partidos na oposição - à parte as grandes linhas e os grandes desvios - são relativamente irrelevantes.
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