(texto sem título)
O blogue entra assim na nossa vida. Assim.
No meu caso, o blogue veio roubar tempo onde ele já não existia. Veio exacerbar discussões, perplexidades, irritações, onde elas já não escasseavam.
No meu caso, insisto, eu que há duas décadas vou deixando o nome impresso aqui e ali, comprometendo-me ora com coisas banais, ora com coisas mais sérias, encontrei aqui um cantinho onde posso, pela primeira vez, ser sincero. É isso que mais me atrai no blogue - a possibilidade de ser sincero. De escrever e assinar por baixo o que penso e (às vezes) sinto.
Escrevi há dias um texto fruto de algum desencanto. Quem nunca teve?
Mas descubro que, com este ou outro ritmo, este ou outro registo, vou continuar. Até um dia, mas isso agora pouco importa. Quem guarda os nossos dias?
Nestes dias, recebi palavras de incentivo. E descubro que todas elas eram sinceras. Isso reconforta-me, não apenas pelo incentivo, mas por perceber que outros há procurando essa sinceridade.
Permitam-me que destaque o que escreveu NMP, do Mar Salgado, precisamente um blogue com quem adoro andar às turras. E que, de entre os meus leitores mais fiéis extra-blogues, destaque Luís Bonifácio e ainda Laura Rubin, que me estraga com mimos.
O TdN faz dia 25 seis meses. Habituei-me a comemorar no dia 24, porque, na realidade, esta aventura começou na noite de 24. As aventuras adoram a noite.
A prenda de aniversário vai ser uma roupa nova. Eu, que nada percebo de html, tenho andado às voltas com strings e códigos. O visual manter-se-á simples, sem fotos (por teimosia, acredito no poder da palavra), sem comentários (este é o meu espaço, desculpem lá) e com uma coluna de links que serão, antes de mais sugestões de leitura, sítios por onde vou passando (a lista é pessoal, não exaustiva, flutuante, e não reflecte qualquer tipo de reciprocidade de linkagem). Manter-se-á o contador de visitas da Netcode, que me permite perceber quantos me lêem, quem me lê. Acho isso importante, embora me pareça irrelevante qualquer campeonato, ranking ou luta de audiências. Só quero saber se ainda há alguém aí desse lado, interessado em ler e, eventualmente, participar de forma mais activa.
Um último parágrafo para desejar os tradicionais votos de boas festas. Como de costume, recebo mais do que dou. Acreditem que todos cabem nesta forma colectiva de vos desejar tudo do melhor. Com sinceridade.
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