segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

As perguntas

Como pode, alguém, tão jovem morrer assim, de repente?
Como pode um desportista de alta competição morrer desta forma?
Como pode alguém sorrir, virar as costas ao sorriso, e cair morto?
E o resto?
Existiam meios, profissionais, equipamento no estádio para acudir a uma situação destas?
Os meios externos de socorro foram accionados em tempo útil?
Foi feito tudo o que era possível fazer para salvar aquela vida?
E antes?
Os clubes de futebol fazem exames a quem mandam para os relvados?
Há assistência, vigilância continuada?
Será um caso de doping?
Pelo que se percebeu até agora, tudo foi feito. No estádio, havia equipas médicas preparadas e até um desfibrilador - tomáramos nós ter um à mão o tempo todo -, a ambulância não se demorou...
Pelo que se percebeu, tratou-se apenas de um daqueles casos em que a morte foi mais teimosa.
Mas as perguntas têm de ser feitas. Que diabo, não se pode morrer, assim, num estádio de futebol, como se isso fosse natural. Não se pode morrer, sem saber porquê, seja onde fôr. Já basta a inevitabilidade...
Por isso não compreendo a indignação que se grita, por exemplo, aqui.