quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004

Sem aborto

Deve elogiar-se o esforço de Freitas do Amaral. Conseguiu, dentro da lei, compatibilizar a despenalização do aborto com a manutenção do crime. Agradar a gregos e a troianos.
Mas a ideia não serve. No fundo, ela propõe-nos um «aborto bom» e um «aborto mau». Nem vale a pena entrar na discussão dos critérios para a delimitação de fronteiras. Passada a lei, tal ideia seria geradora de qualquer coisa muito parecida com o sistema de castas. Inaceitável.