Toma lá blogue
A graça disto é precisamente a sua geometria variável. A geometria externa - os que saem, os que entram, os que são mais lidos, os que preguiçam e caem nos tops... E também a geometria interior - o dia em que escrevo, em que tu não escreves, em que escrevemos sobre política, em que falo de um disco, em que dizes um disparate só para desanuviar...
Os textos que, por exemplo, o Barnabé e o Abrupto escreveram nos últimos dias sobre o estado da blogosfera nacional têm pistas interessantes. E nem sequer penso que sejam incompatíveis. O que JPP diz sobre os «círculos de amigos» ou sobre os que «têm alguma coisa a dizer» encaixa na análise política mais dura que surge no Barnabé.
Pessoalmente, encaro o blogue sem qualquer militância, no sentido mais lato da palavra. Escrevo quando quero, sobre o que quero, trocando ideias com quem quero. Não me sinto na obrigação de seguir qualquer agenda, nem qualquer alinhamento. Por isso, resisto a contar espingardas, como muitas vezes ataco as questões ideológicas (a fractura esquerda/direita que os blogues ressuscitaram) com uma razoável dose de ironia.
Como se diz naquelas entrevistas foleiras - «Quer mandar uma mensagem para todos os que estão a ouvir?» - interessam os que cá estão (bolas, esta, além de me ter saído foleira, é toda lapaliciana...).
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