El trío de las Azores
Em política, os pormenores são preciosos. Num tempo sem grandes utopias, é através deles que, cada vez mais, se fazem opções.
Zapatero diz que retira as tropas espanholas do Iraque se, até 30 de Junho, o comando das operações não passar dos EUA para a ONU. Ora, para essa data, está prevista a passagem de soberania da coligação para os iraquianos e a Espanha não está sozinha na exigência de que - como os americanos não aceitaram que fosse antes - a ONU passe a ter nessa altura um papel central em todo o processo.
Portanto, a decisão de Zapatero é tudo menos pouco solidária com os iraquianos, porque não significa, de todo, abandoná-los à sua sorte. Significa: se os EUA quiserem continuar como até aqui, que continuem sozinhos.
Uma posição que os media espanhóis traduzem pelo desejo de tirar a Espanha do «trío de las Azores».
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