sexta-feira, 30 de abril de 2004

Pois...

O Banco de Portugal chegou à conclusão de que, sem receitas extraordinárias, o défice público de 2003 ficou em 5,3 por cento. Não é por acaso que o Banco de Portugal sublinha que há dois défices: um com receitas extraordinárias, outro sem receitas extraordinárias.
As receitas extraordinárias estão a ser utilizadas por muitos governos e aceites pela Comissão. Compreende-se - ambas as partes estão interessadas em dar alguma credibilidade às suas políticas.
A verdade é que, estruturalmente, Portugal está exactamente na mesma, se não pior. Continuamos (leia-se, o Estado, leia-se, o aparelho do Estado, leia-se, o Governo...) a gastar mais do que podemos.
O combate ao défice, da forma demagógica como foi feito, não passou de uma operação de cosmética.