Má-fé (casos práticos)
A má-fé é um conceito que a guerra do Iraque trouxe para a primeira linha, principalmente a partir do momento em que o famoso livro Impasses expôs a tese de que a maioria dos que se opuseram à guerra o fizeram, em grande parte, porque tinham uma posição de princípio contra Bush.
Mas o argumento da má-fé pode ser encontrado em ambos os lados do debate, naturalmente. A má-fé, na verdade, está sempre onde a queremos encontrar.
Por exemplo, em dois dias seguintes, duas colunistas do Público (isto não é uma crítica ao Público, nem ao colunismo exercido no feminino, antes pelo contrário...) nada mais fazem que exercer essa má-fé. Esther Mucznik, na sexta-feira, e Helena Matos, hoje, dedicam-se a criticar a tortura exercida pelos americanos no Iraque com o único fito de criticarem... os europeus e o campo anti-guerra. Os seja, a Europa e o campo anti-guerra são culpados de tudo e mais alguma coisa - dos erros próprios, dos erros do Saddam, dos erros de Bush. Basicamente, são culpados porque sim.
Má-fé mais explícita que esta seria difícil encontrar.
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