O caso das fotos não publicadas - terceiro andamento
O PPM considera que a notícia do DN em que se fala da mãe e dos quatro filhos assassinados «só aparece mesmo no final de um texto em que são destacadas diversas malfeitorias israelitas».
Ora, a notícia o que relata é o referendo que se realizou nesse dia no Likud a propósito do plano de separação. A hierarquia dos factos parece-me ser evidente - entre mais um atentado e os resultados de uma luta política que está (e vai continuar a ter...) forte impacto na região não percebo qual é a dúvida. Também não entendo o que tem tudo isto a ver com «diversas malfeitorias israelitas».
PPM explica depois que, na parte do texto em que se fala da mãe/filhos, começa-se pela reacção israelita a esse atentado. PPM indigna-se porque a notícia não respeita a cronologia dos factos. A maioria das notícias não respeita - e quando a cronologia é chamada ao caso é precisamente para sublinhar os factos mais recentes, aqueles que as pessoas que compram o jornal de manhã ainda não tinham ouvido ontem na televisão. Ou seja, é uma cronologia que começa pelos acontecimentos mais recentes e vai recuando no tempo. Pelo que me lembro, isto ensina-se nas escolas de jornalismo.
PPM cita depois dois parágrafos em que se fala do plano de Sharon e das opiniões do colonos e eu aí, confesso, perco-me. Porque são parágrafos factuais, sem qualquer segunda leitura e eu não percebo que comichão fazem a PPM.
Como se isto não bastasse, PPM atira-me à cara que Sharon foi eleito democraticamente. E eu pergunto-me o que tem isto a ver com o resto da conversa, porque vai PPM buscar alhos quando estamos a falar em bogalhos.
Também não percebo a que propósito é chamado à conversa o «Grande Líder Louçã», mas isso já deve ser problema meu. Porque, na verdade, pouco percebi do que PPM escreveu.
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