O quase-insulto
Os limites do linguajar político voltaram à baila. Seria normal se fosse apenas fruto da campanha eleitoral. Mas já se percebera, no parlamento, por exemplo, que muita dessa linguagem a roçar os limites tem mais a ver com a crispação geral, um mal-estar indefinido, que se instalou há uns anos para cá.
No entanto, parece-me que, demasiadas vezes, confunde-se clareza com rudeza. Que os políticos usem a primeira - dentro dos limites do bom gosto e do bom senso - parece-me até saudável. Já sei, já sei - o problema está nos limites. Mas esse é um problema eleitoral e não legal ou moral - cada um que use a linguagem que mais lhe agradar, e que cada eleitor inclua a questão da linguagem nos seus critérios de voto.
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