Eles andam (tão) nervosos...
Escrevi hoje de manhã um curtíssimo texto sobre a transição de soberania no Iraque.
Eis o que escrevi e as reacções:
1. A coligação que invadiu o país entregou a soberania a um grupo de iraquianos - tão eleitos quanto o seu antecessor Saddam.
Reacção do Contra-a-Corrente: É TUDO A MESMA CORJA. Pois é: são todos iguais, não são? E ficou tudo na mesma ou pior, não ficou? E quem foi o culpado, quem foi?
Eu só disse que estes iraquianos foram tão eleitos como Saddam. Um dado objectivo. Não disse mais nada.
2. Teoricamente, hoje é um dia histórico para o Iraque. Para já, não há nada para comemorar.
Reacção de No Quinto dos Impérios: «Pela minha parte ficarei surpreendido se os iraquianos, aqueles que viveram sob o jugo de Saddam Hussein durante dezenas de anos, não vierem a celebrar esta data num futuro não muito distante». O «inefável JMF» (sou eu) «não só não celebrou a queda do regime sanguinário de Saddam como também não celebra um dos passos mais marcantes no penoso caminho da democratização do Iraque».
Ora o que escrevi é que «para já, não há nada para comemorar.» Mais objectivo que isto era impossível - hoje não houve festejos no Iraque. Aliás, segundo a rapaziada dos Infernos, as comemorações serão «num futuro não muito distante». Ou seja, não é «para já».
Mas que Diabo, perdão, que Inferno, nunca pensei que as más notas a Português no ensino privado em Portugal tivessem estas consequências...
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