Picar o ponto - Reagan e o Dia D
A estas horas, já deve haver por aí meia dúzia de blogues onde se excomunga para todo o sempre quem não tecer duas ou três lôas a Reagan e outras tantas ao Dia D. Ou seja, a quem não picar o ponto. Esse patrulhamento tornou-se, de resto, uma das actividades favoritas da nossa pequena blogosfera - registar, invectivar, censurar quem regista ou não regista, critica ou não critica, aplaude ou não aplaude, certos e determinados eventos com que se tece a actualidade. Confesso que é uma das coisas - picar o ponto - para a qual já não tenho paciência.
Reagan e o Dia D são excelentes exemplos. Haverá algo de novo a dizer sobre os dois temas?
Assinalar este tipo de efemérides/eventos tornou-se uma forma delimitar águas, mas igualmente de as turvar.
O Dia D, por exemplo, é uma daquelas datas acerca das quais não consigo imaginar um discurso negativo. Tudo ali parece convergir naquilo a que poderíamos chamar de sentido acertado da História, mesmo que não concordemos com algumas das coisas que vieram a seguir. É por isso que prefiro encarar essa data como algo de singular e abstrair-me de mais considerações. Até porque me parecem claramente abusivas as leituras que ligam o Dia D à História recente. Nada é assim tão simples...
Com Reagan, a mesma coisa. O homem deu cabo da Guerra Fria, mas não era isso que se esperava de um presidente dos EUA, os mesmos EUA que co-criaram a Guerra Fria?
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