Até já, Canhoto
O Cruzes Canhoto acabou. Em glória - morreu por uma causa.
Compreendo o desespero, o gesto desmedido.
Como compreendo, por exemplo, a demissão de Ferro Rodrigues. A política sem paixão, sem coração, não faz sentido. Não faz sentido da forma calculista que agora se usa. Tipo «Sócrates não avança se Vitorino avançar». Mas que merda de política é esta? Qual era a convicção com que Sócrates se propunha (propõe?) liderar o PS? Ou será ele, apenas, o cavalo luzidio e telegénico que um grupo de sedentos imagina ser o melhor para bater Santana na pista meditática em que ambos medraram?
E eu já não percebo esta gente. Se é populista é porque é populista, se é tecnocrata é porque é tecnocrata, se se emociona é porque não tem jeito para a coisa.
Mas, porra, estou farto de líderes de plástico, construídos laboriosamente para vencer eleições.
Ao manobrismo desta gente que agora assaltou o poder eu gostaria que alguém respondesse com a humildade de projectos pensados, serenos, sérios. Acho que isso, por uma questão de peso político, só pode acontecer no PS. Mas não acredito. Aquilo é um ninho de víboras, como o caso de Ferro deixou bem claro.
[Quanto a ti, J., avisa quando criares um novo blogue...]
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