domingo, 22 de agosto de 2004

Bola - um contributo

Alberto Arons de Carvalho - apesar da intensa acção de vigilância a Morais Sarmento e Manuel Alegre... - ainda vai tendo tempo para ler blogues. E, como especialista na matéria, enviou umas notas sobre futebol e serviço público. Em que o PS, sem surpresa, sai a ganhar. Aí vai o essencial. Quem tiver algo a acrescentar/contradizer, já sabe, o mail está ali em cima:
1. Se considerarmos, como o faz a generalidade da doutrina europeia, que o serviço público tem a obrigação de ter uma programação dirigida todos os públicos e não apenas a minorias, o futebol deve integrar a respectiva programação, desde que com conta peso e medida. Nessa matéria, no último ano, na RTP e na RDP, bateram-se os anteriores máximos de jogos transmitidos por época, o que não deixa de ser irónico se nos lembrarmos que quando o PS estava no Governo os deputados do PSD eliminavam o futebol de uma desejável programação de serviço público e criticavam duramente a RTP por transmitir um jogo por semana do campeonato nacional, mais alguns jogos europeus.
2. Curiosamente, quando foi criado o canal Sport TV, apenas acessível a quem pague uma verba específica para o efeito, caiu o Carmo e a Trindade, porque o futebol deixaria de estar acessível ao povo. Na altura, tal como se prevê na directiva europeia Televisão Sem Fronteiras, foi criada a chamada lista dos acontecimentos que de interesse generalizado do público, obrigatoriamente difundidos em canais nacionais de acesso não condicionado, a partir da qual constaria até hoje um jogo do campeonato nacional em que estivesse uma das três equipas mais importantes. Hoje, meio milhão de casas recebe a Sport TV, pelo que o actual Governo deveria ter a coragem de reduzir essa lista, nomeadamente deixando de impor o tal jogo por fim-de-semana...
3. [AAC junta ainda alguns preceitos legais, através dos quais se percebe que a TVI e a RTP-I ainda poderão entender-se sobre a transmissão dos jogos para o exterior.]