segunda-feira, 2 de agosto de 2004

A causa foi modificada

Mandam as regras de etiqueta que agradeça ao senhor maradona (com minúscula) as referências certeiras e simpáticas a este cantinho.
O caso dos balcãs levar-nos-ia seguramente muito longe - até porque anda por aí muita gente interessada em demonstrar que os tais genocídios nunca existiram e que, se calhar, os sérvios, coitados, é que foram as grandes vítimas.
A história dos holandeses, contada assim, até tem graça. Mas o ponto não é esse - o ponto é perceber porque não apostam as grandes potências (falo, por exemplo, das que têm assento permanente no Conselho de Segurança, e, obviamente, em primeira linha dos EUA) em transformar a ONU numa organização verdadeiramente poderosa.
Porque, voltando ao Darfur, o que é insuportável é a dupla hipocrisia dos que enchem a boca de indignação. Criticam a desatenção da comunidade internacional (que, no caso concreto, tem anos...) para logo de seguida zurzirem nas Nações Unidas, exactamente no momento em que as Nações Unidas, quebrando esse silenciamento mundial, decidem intervir. E intervêem, obviamente, com os poderes e as limitações que lhe são conferidas pelos seus membros. Incluindo os EUA.
Mas, é claro, isto digo eu, que nada percebo de patos.
[Espero que o senhor maradona (com minúscula) não tenha começado a discordar deste texto logo no título - fiz os possíveis por lhe agradar.]