O défice cultural
Não desgostei do novo espaço de comentário político da TVI (ou seria da SIC, ou da RTP...?). No fundo, e isso terá sido o que mais me agradou, nota-se ali uma clara tendência para a continuidade. À semelhança dos antecessores Marcelo e Pacheco, o novo comentador vai a todas - comunicação social, educação, impostos, código da estrada... Nos três, a mesma fé cega no ministro das Finanças vigente, a mesma abertura a trocarem ideias com outras pessoas, a mesma inspiração evidente em Sá Carneiro.
Há, no entanto, ligeiras diferenças. Por exemplo, face a Marcelo ficamos a perder no comentário desportivo - afinal, o Marítimo safa-se ou não? Já quanto a Pacheco, ficamos sem aquelas informações científicas de grande valia - afinal, há ou não vulcões em Marte? Porém, a maior desvantagem surge no sector cultural. Pacheco e Marcelo, embora em doses desequilibradas, nunca se esqueciam de nos recomendar uns livros. Agora, ficamos sem guia de leitura para semana - que iremos fazer com os nossos tempos livres?
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