sábado, 16 de outubro de 2004

Objectividades

Não falo chinês nem português esquisito e por isso fico sempre espantado quando fazem grandes confusões acerca das pequenas coisas que digo. Aconteceu agora com o Super Flumina.
Limitei-me a notar que o Jaquinzinhos tinha sido injusto ao avaliar a cobertura do último debate parlamentar apenas por uma notícia do Público on-line, quando o jornal tinha feito quatro textos sobre a matéria - aquele que o Jaquinzinhos assinalava tentava sintetizar APENAS a primeira intervenção de Sócrates. Considerar aquela notícia «ridícula» não faz ponta de sentido.
Ver nisso «grande susceptibilidade» é um óbvio exagero. Presumir, a partir daí, que me armei em defensor da objectividade jornalística, exagero maior. Nunca o poderia ter feito, simplesmente porque não é isso que penso.
Não vou discutir aqui as coberturas das sessões parlamentares nos diversos media. Seria trabalho para horas. Acho é curioso que o autor de Super Flumina se arvore em detentor da verdade, quando tudo o que escreveu é de uma enorme subjectividade.
Os relatos dos media são sempre subjectivos - mas, como há liberdade e concorrência, cada um pode comprar a subjectividade que melhor se acomodar à sua.
[O perfil mentecapto de alguns comentários que surgem nos dois blogues citados é uma das razões que me leva não ter comentários no TdN.]