Os tempos de Fialho
É difícil falar aos mais novos de Fialho Gouveia. Talvez melhor que outros, ele representa um outro tempo da televisão. Um tempo de imaginação, criação, mérito. Um tempo em que havia tempo. O Zip-zip e a Cornélia são programas inimagináveis nos tempos que correm. Porque, sendo populares, apelavam à inteligência, à criatividade, e não aos sentimentos mais superficiais com que se molda a televisão de hoje. E, sobretudo - insisto -, naquele tempo havia tempo - havia serão e não prime-time. Às vezes, gostava que a realidade me fizesse menos nostálgico.
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