quarta-feira, 27 de abril de 2005

25 de Abril sempre (sempre) II

Sobre o 25 de Abril conseguem-se sempre perspectivas inovadoras.
Agora há esta, citada por esta rapaziada. Resumindo: «Quando festejarmos a boa sorte dos 8 milhões, reservemos um minuto para nos lembrarmos da má sorte dos outros 16 milhões [os habitantes dos palop, perdão, colónias].»
1. Por distracção, o historiador-que-tem-a-verdade-absoluta-na-ponta-da-caneta escreveu «boa sorte dos 8 milhões», que eramos nós. Ora isso contradiz todas as teorias da direita iluminada, segundo as quais o 25 de Abril a) nunca existiu, b) nunca deveria ter existido c) existiu mas foi uma desgraça. Distracção, claro está. Que não se repita.
2. Quanto à má sorte dos outros 16 milhões... a) sempre estavam melhor em guerra colonial que em guerra civil, b) a nossa ditadura era melhor que a dos soviéticos. O relativismo sempre deu um jeitão do caraças.