sexta-feira, 22 de abril de 2005

Ai Caracas, que chegámos à Madeira

Tenho alguma simpatia por Hugo Chávez e nenhuma por Alberto João Jardim.
Mas conheço poucas pessoas com traços tão similares - ambos eleitos e reeleitos democraticamente com esgamadoras maiorias, ambos desbocados para lá do razoável, ambos com um especial gosto pelas posturas provocantes, ambos praticantes de um personalismo pretensamente iluminado, ambos auto-imbuídos da missão de tirarem a sua terrinha da miséria. Divide-os apenas a ideologia - e daí as migalhas de simpatia que tenho pelo Hugo. Não me espanto, por isso, quando as novas luminárias da direita se atiram encarniçados ao Chávez - a ideologia cega-os.