Duas memórias e um desafio
O PPM (O Acidental), talvez por excesso de Alka Seltzer (ou será de Delingpole?), não atina quando me classifica - começa em «socialista centralista», prossegue com «filho esquerdo do Bloco Central» e termina com «revolucionário». Se calhar, é a mesma coisa. Mas como nunca li Hannah Arendt...
Mas, enfim, se tiver paciência, o PPM talvez pudesse reparar que:
1. Uma semana após o 25 de Abril, no comício do primeiro 1.º de Maio, já Mário Soares torcia o nariz a um certo 25 de Abril. Nos (muitos) meses que se seguiram não fez outra coisa, por palavras e actos (por acaso, quando até era arriscado fazê-lo...). Está a ver quão sagrada é a data...
2. A descolonização. Não queria ser chato, mas se o PPM lesse a famosa entrevista da Avillez ao bochechas era capaz de encontrar lá algumas respostas às perplexidades que agora assaltam os seus amigos historiadores. Por exemplo, que nas colónias estávamos perante movimentos guerrilheiros de orientação marxista a combaterem contra portugueses cujo único pensamento era regressar à terrinha Natal. Enfim, pormenores.
3. Espantoso é que, três décadas volvidas, uma certa direita esteja a descobrir esta pólvora.
4. Quanto ao resto, caro PPM, que tal publicar uma listinha dos directores de jornais, rádios e televisões e respectiva orientação política para percebermos melhor do que fala quando fala da «predominância objectiva da esquerda nos meios de comunicação social»?
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