Blogues - um esboço muito incipiente
Numa caixa de comentários do A Arte da Fuga, um Fernando Albino escreveu o seguinte:
«António, admiro a tua serenidade mas não esperes grande diálogo com esse cavalheiro [eu, jmf]. Lembra-te, a objectividade é um bem escasso.Um abraço.»
Presumo que se trata do mesmo Fernando Albino de No Quinto dos Impérios, que enfiou a carapuça de um texto que aqui escrevi sobre os «filhos ilegítimos do Bloco» e prontamente reagiu (diga-se que no meu texto não referia explicitamente ninguém, mas que as reacções foram muitas, pelo que o retrato não deveria estar muito desfocado...).
Atente-se na sobranceria do tal Albino, note-se como se julga detentor da verdade.
Mas não é só aí. Também o lendário MacGuffin [Contra-a-Corrente], ressuscitado de trabalhos intensos, critica um texto meu começando por achincalar a minha capacidade de raciocínio.
Fico deslumbrado com tal capacidade de argumentação e de relacionamento com o mundo exterior. São casos destes (e dei apenas dois exemplos de uma possível e enorme lista...) que frequentemente me levam a dar razão à política de linkagem do Abrupto. Os links, se fazem parte do código genético dos blogues, pela capacidade de criação de uma espécie de diálogo em rede, são, helas!, igualmente um anzol para pescar porcaria.
Já por mais de uma vez me queixei da escassez de massa crítica da blogosfera. E, se há blogues, como o Jaquinzinhos (de que sempre discordo...) ou o Blasfémias (com quem por vezes concordo, mesmo que a contragosto...) ou, A Montanha Mágica e o Fora do Mundo (geradores de momentos de grande qualidade), tudo blogues (e há muitos outros...) de enorme interesse, a verdade é que a maior parte do que por aí se escreve é puro lixo, desinteressante, sem história.
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