quarta-feira, 8 de junho de 2005

Um post não insinuante

Falemos, então, sem ironias ou insinuações.
É óbvio que vivemos num mundo feito à medida e dirigido por homens. E em que há menorização da mulher.
Acontece, porém, que as coisas já foram piores, muito piores. Boa notícia para os optimistas.
O que acho errado é ir buscar sentenças judiciais excepcionais, videoclips excepcionais, coisas e coisas excepcionais para delas fazer regra. A ideia de uma sociedade de mulheres oprimidas, subjugadas, imersas em propaganda machista, parece-me completamente fora de contexto.
Já quanto ao uso do corpo - seja para a «autodeterminação», a sedução ou subir na carreira - apetece-me parafrasear a f. quando fala da linguagem. Diz que nunca é neutra. Pois não. É como o corpo. O seu uso em contexto social tem evidentes fins utilitários - estar bonita (o) é bom para as próprias (e para os próprios, pois então), mas tem um determinado valor de troca. Neste comércio social que é vidinha, tudo conta - a competência, a cunha, a sorte e, claro, o corpo. [era tão só isto que quis dizer no post anterior e que a Ana confundiu com uma insinuação não assumida. era-me difícil, de resto, fazer tal não-insinuação. porque, especialmente neste cantinho, só escrevo o que penso e me dá na gana. e não penso o que a Ana escreve].
PS: a ideia de trocar «mamas» por ovários parece-me péssima. o paralelismo é excessivo, menos imaginativo.
PS2: se a f. tiver paciência e esperar pelo dvd da consagração do slb como campeão nacional, vai ter cenas extra de balneário (passaram na rtp) com a rapaziada toda de cuecas. e suada, uau... até dá para ver que os têm no sítio.