As férias exemplares
No país onde os juízes, professores e mais uns tantos têm meses de férias. No país onde cada feriado equivale, em média, a dois ou três dias de ausência do trabalho, entre pontes e outros expedientes. No país onde os servidores do Estado têm um vasto leque de cláusulas que legalizam a balda. No país que tudo faz para garantir as mais baixas taxas de produtividade do mundo civilizado e do outro mundo. Nesse país, clama-se que o primeiro-ministro não pode ir de férias. Porque o país «está a arder», como esteve em todos os verões da nossa memória. Porque, obviamente, o exemplo tem de vir de cima. E nós, sem exemplo, somos lá capazes de sobreviver.
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