O jornal francês
Le Figaro escreve um
editorial sobre a ajuda dos países ricos às zonas afectadas pelo tsunami. À hora a que o editorialista de serviço escrevia, a ajuda dos EUA estava em 15 milhões de dólares. Diz então o
Figaro: «Quinze millions de dollars, c'est moins de la moitié des ventes quotidiennes d'aliments pour chiens et chats aux Etats-Unis. C'est dix fois moins que le coût d'un jour de guerre en Irak pour l'armée américaines».
Uma das coisas para as quais já não há paciência é para esta birra transatlântica.
Que se revela, por exemplo, nos balanços do ano, quando os comentadores do costume falam do «anti-americanismo» como uma congregação de inimigos da liberdade.
Nem percebo qual o disparate maior - se a insistência num «anti-americanismo» que só existe na cabeça dos seus críticos, se a conclusão disparatada que é tirada a partir dessa ideia.
Editoriais como o do
Figaro são lenha para essa fogueira do disparate. Estão bem uns para os outros.