quinta-feira, 30 de junho de 2005

Um aborto

Cavaco lá estava na televisão a explicar que referendo ao aborto agora não porque há prioridades muito mais importantes para o país por exemplo a economia.
O cavaquismo no seu pior - ou seja, com aquele toque de salazarismo de que o povo tanto gosta.
Não percebo que consequências pode ter na economia uma consulta popular para uma mudança legislativa numa matéria como o aborto.

Dois anos

E agora? Como agradeço a tantos que se lembraram? E elogiaram, quase sempre com palavras excessivas? E os outros, os que não se lembraram, ou lembraram mas não ligaram? E os outros? E eu, se me esqueço de algum?
Um sincero e largo agradecimento a todos.

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Perguntas de uma tarde de Verão

Porque será que, dos países civilizados, Portugal é o único onde a água com gás se vende apenas em garrafas de 25cl?

Blairg

Tanto barulho e eu sem nada para declarar.
Ainda se tivesse um blogue minimalista... fazia como o António, uma lista. Assim, faço à mesma como o António, um blairg, um «blogue da terceira via». Que é o que isto é.
E, não fosse o António ter chamado o Castrol à conversa, e quase me esquecia das análises. O prazo de validade da requisição termina a três, que é domingo. Talvez vá na sexta. Ou talvez deixe para amanhã.

terça-feira, 28 de junho de 2005

Dá-me música

O Resistente Existencial sugere-me que responda a um Q&A musical. A que já respondi, incitado pela Inês [Umbigo Meu]. De forma pouco ortodoxa, é certo, mas isso deve-se apenas a uma certa alergia a este tipo de inquéritos.
O Rui [Amor e Ócio] fez o favor de pôr a rodar [os CD rodam?] os Lambchop. Eu, que não sou muito de music blogs, agradeço e aplaudo. Ou vice-versa.

Sexo (trans)atlântico

Há umas semanas, meti-me numas conversas sobre sexo e poder. O papel da mulher na sociedade e essas coisas. É conversa que vale pouco - no fundo, o pessoal só está interessado em medir os preconceitos uns aos outros.
A conversa sobre isso e coisas conexas anda por aí. Alguns blogues deram mesmo em trocar ideias sobre períodos ovulatórios. De um ponto de vista lúdico, diga-se, o que, tratando-se de períodos ovulatórios, é como brincar com o fogo.
O António [Opiniondesmaker], esse grande lúbrico, perdão, lúdico, tem por lá os links da conversa. Que, por ora, se encontra neste estado:
«Portugal também deverá ter direito a sexo sem desencantos e amores e por isso queremos dois Carnavais na Madeira por cada Natal nos Açores.»
Por mim, tudo bem. Desde que o Continente beneficie, em simultâneo, do aconchego natalício dos Açores e da desbunda madeirense.

Notícias de choque

Os espanhóis gastam cinco vezes menos em água que em telemóveis.
A comparação parece parva à primeira vista, mas depois faz sentido. E, ao contrário do que parece, não quer dizer que os espanhóis gastam pouco em água. Quer dizer que gastam muita água, mas pagam pouco por ela. Eu acho que, para equilibrar as coisas, o melhor era baixar o preço das chamadas por telemóvel, mas isso não resolvia o problema da água. Só o dos espanhóis.

Choc

A palavra choque tornou-se, há uns tempos, a palavra chique da política doméstica. O pessoal tem medo de dizer revolução e acha que com reformas já não vamos lá. Fica-se, então, pelo choque. De certa maneira, estamos no domínio do politicamente correcto, esse saco de boxe que amortece todo o atrito.

Euro 2005

Reparei hoje: na minha rua, ainda há dez bandeiras à janela. Desbotadas. Como a Pátria que as pariu.

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Pois é...

É impressão minha, ou o Barnabé está a passar por uma PEQUENITA crise de crescimento?
03 Março 2005.

domingo, 26 de junho de 2005

Ouçam e Verão

Estava agora aqui a pensar: e o disco do Verão? Não sei porquê, sempre me deu para eleger o disco do Verão. Assim um cd que anda no carro, volta para casa, passa pelo computador da empresa... Enfim, taras.
Há uns anos, apostei nos Tribalistas. E acho que também já apostei naquela modelo francesa, com um cd a preto e branco (!) todo cheio de fotos e que dedilha uma guitarra enquanto sussurra uma coisas relativamente audíveis. Vejam o que é a fama: andou em tudo o que era capa de revista e agora não me recordo do nome. Bom, a verdade é que bastava levantar-me e, dois metros andados, há-de estar por ali o disco...
Este ano, acho que vou escolher uma discografia completa. Emendo. Vou escolher três discos (que são quatro - um é duplo) dos Lambchop. Escolho estes três porque são os que conheço - parece que têm mais uns dois ou três anteriores, mas não estou para aí virado.
O disco fundamental chama-se Nixon. E se tivermos em conta que a banda se chama Lambchop temos a associação mais disparatada que alguém jamais arranjou para uma música ou outra coisa qualquer. O coitado do Nixon não é práqui chamado e, enquanto alguém não me convencer do contrário, lambchop só pode ser mesmo o que parece.
Mas voltemos ao cordeiro, perdão, à vaca fria... Este disco e os seguintes (Is A Woman e Aw C'Mon/No, You C'Mon - outro título fantástico) são das coisas mais belas, refrescantes e assim que se podem ouvir. Elegância em estado puro.
Como me faltam as palavras, certamente não se importam que cite o All Music Guide: «Lambchop was arguably the most consistently brilliant and unique American group to emerge during the 1990s. Their unclassifiable hybrid of country, soul, jazz, and avant-garde noise seemed at one time or another to drink from every conceivable tributary of contemporary music, its baroque beauty all held together by the surreal lyrical wit and droll vocal presence of frontman Kurt Wagner». É de perder o fôlego, damas e cavalheiros.
Olhem... como se ouvia num célebre spot da Rádio Comercial (aos anos que isto foi...) que saltava cá para fora nesta época: «Ouçam (ou seria oiçam?) e Verão».

sábado, 25 de junho de 2005

E as coisas?

Como vão as coisas?

sexta-feira, 24 de junho de 2005

Debater sim, mas outra coisa

Joana Amaral Dias [Bicho Carpiteiro] acha que Sócrates escolheu debater a educação no parlamento porque... não quer debater.
A educação dominou a agenda política, sindical e mediática das últimas duas semanas. A educação é um dos sectores mais determinantes dos tempos actuais. A educação é um dos sectores em que Portugal necessita de fazer muito (mas mesmo muito) mais.
Mas a Joana preferia, talvez, um bom debate sobre o consumo da sardinha assada nos santos populares, ou o impacto dos ventos solares na determinação do sexo das focas. Seguramente, qualquer um desses temas daria um debate mais animado e, acima de tudo, mais importante para o país.

Tudo ao contrário

Estou a ouvir o debate parlamentar e espanto-me com a actuação de Sócrates. Está a ultrapassar em muito os limites de arrogância e presporrência de anteriores performances, polvilhada com crescente falta de educação e demagogia a rodos. Um bom líder de oposição humilhava-o. Bastava usar os adjectivos certos. Marques Mendes não os conhece.
Isto é o que escreve o Jaquinzinhos.
A política, a sério, como tudo na vida, faz-se de concretização, de coisas substantivas. A adjectivação é a arma dos fracos, dos que não sabem fazer.

Seja português. Diga não à «reforma»

Portugal tem uma saúde abaixo de cão. A justiça é uma lástima. Da educação é melhor nem falar. O tecido produtivo é uma imensa gargalhada.
Há culpas da estrutura, do sistema, em tudo isto. Mas o fundamental são as pessoas. O pior da educação são as pessoas que a fazem, o que torna a justiça uma inexistência são os seus agentes. A economia só mudará quando empresários e trabalhadores entenderem qual é o seu papel.
O Manuel [GLQL] insiste na reforma (eu acho que ele quer dizer revolução, mas tem medo da palavra...) do sistema político. É um discurso gasto, este. Desculpabilizador, porque assenta sempre nos outros. Ineficaz, porque nenhuma reforma seria suficiente.
Eu acho que Portugal só será um país decente quando tiver melhores portugueses (não apenas políticos, nem principalmente políticos...). Melhores cidadãos, melhores profissionais. Os melhores políticos virão por arrasto. Querer o contrário é pedir a Lua.
E isto só se faz com trabalho. Não há volta a dar.

quinta-feira, 23 de junho de 2005

Por falar em (não se darem ao) respeito...

Achei interessante o senhor sindicalista dos juízes apelar ao Presidente da República no caso da bem evidente gaffe da ministra da Educação.

Manif (2)

Os telejornais estão a passar mais uma manifestação de polícias. Hoje, há um mascarado de cozinheiro... E muitos slogans tipo hooligan: «Vai-te embora, vai-te embora...» (cantado) e «Mentiroso, mentiroso». Uma garotada. Esta polícia não se respeita. É difícil respeitá-la.

A manif

A manif de polícias em Lisboa foi demasiado folclórica para o meu gosto. Polícias vestidos de padre, um boneco-polícia num caixão, insultos a governantes...
Preocupa-me pouco a legitimidade da manif - quem tem, ou não, razão. Nunca ninguém a tem por inteiro.
Preocupo-me, sim, com o respeito que vou perdendo a esta polícia-fandanga.

O medo

Pacheco Pereira, auto-intitulando-se professor e funcionário público, indignou-se [Quadratura do Círculo] contra o clima de medo que vigora nas escolas neste tempo de greves.
Obviamente, Pacheco Pereira não tem filhos a estudar nem entra numa escola há anos. Ignora, pois, a arrogância com que os professores [eu sei, a generalização é sempre injusta...] se movimentam no sistema.

terça-feira, 21 de junho de 2005

Coisas que fazem sentido

O Presidente da República começar uma semana sobre o optimismo na economia portuguesa com uma visita a uma fábrica de cervejas.

O Carrilhão de Lisboa

Manuel Maria Carrilho é um monstro. Um Frankenstein político. Some-se um percurso político sem qualquer nota digna de registo (um bom ministro da Cultura, imagine-se...), umas ideias dispersas, pomposas, mil-folhas de lugares-comuns, junte-se tudo isso a uma vaidade maior que o personagem e eis MMC.
Como todos os monstros modernos, MMC foi criado e alimentado pelos media. Lembram-se? Estávamos no declínio do guterrismo, os media já não suportavam Guterres, MMC já não suportava Guterres. Curiosa coincidência. MMC tinha razões. Estava despeitado. Queria governar a RTP (a Cultura para o povo, com as piores ressonâncias que possam imaginar) e Guterres tinha mais que fazer que o aturar. Os media deram-lhe então guarida. E apaparicaram-no, alimentaram-lhe a vaidade. Foi ver então o ódio transformado em visão clara, em ideologia. Ele tinha razão, sempre. O que escrevia, que outros já tinham escrito, era luz pura. O homem tornou-se o biógrafo do guterrismo crepuscular. Note-se: ele nada previu. Cavalgou a onda. Os media, no ódio cego a Guterres, deram-lhe guarida, incharam-no. De Carrilho transformaram-no em Carrilhão.
Lembro-me do famoso congresso em que defrontou Guterres. Sem tropas, com a coragem dos que sabem que vão perder, sem uma única ideia a partir da qual se pudesse construir algo. Os media deliraram - foi primeira página em todo o lado. Houve quem visse ali o futuro líder do PS.
E ele percebeu que tinha um aliado forte - os media. Por detrás da popa foi crescendo esse sonho inconfessável - chegar longe, o mais longe possível. Se não pelo partido, que sem tropas nada feito, que fosse pela câmara, como outros já haviam tentado (e até conseguido, reconheçamos...).
No PS, uns apoiaram-no sinceramente, outros na esperança de ver o mito morrer às porta da Praça do Município.
Foi aí que se lembrou de mostrar o bebé. Oh escândalo... oh horror, um bebé. Poderia, eventualmente, um repórter que o entrevistasse no quintal lembrar-se de lhe pedir: «Ó Manel Maria, podia fazfavor, pegar no puto ao colo para a capa da newsmagazine?» Estava tudo bem. Como se sabe, as newsmagazine são especialistas em mostrar estas coisas - Cavaco abraçado à Maria nas férias brasileiras, Durão com os rapazolas no sofá antes de rumar a Bruxelas, um irmão de Jerónimo de Sousa babado com o dito... Os media adoram, adoram, essas palhaçadas. Não suportam é que outros tenham a veleidade de as fazerem sem lhes dizerem água vai. Muitos menos ele, que por eles foi criado.
E eis como os mesmos media que criaram Carrilho já acenderam a pira para o queimar em lume brando. Até Outubro. Nada que não mereçam. Eles e ele. É a vida, diria o outro. Os media necessitam permanentemente de criar e desfazer mitos. É a sua indústria. Agora, calhou na rifa ao MMC estar na mó de baixo. Se tiver paciência e souber resistir, até pode perder a câmara. Daqui a seis meses, dois anos, quatro ou seis, seja lá o que for, Sócrates, de quem os media se habituam agora a gostar, de forma diferente da que gostaram de Guterres, também vai começar a enjoar. Os media, claro. E aí MMC pode fazer a mesma figura de há uns anos. É déja vu, pois é. Mas com a falta de memória que por aí anda talvez ninguém note. Se MMC não estiver para aí virado, pode, é claro, mandar o Dinis. Talvez nessa altura os media já achem graça. A lua tem fases.

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Nada se move

O Manuel [GLQL] excita-se em demasia com os processos judiciais. De tal forma que perde o discernimento - então alguém acha que se alimenta o Sitemeter em polémicas com a Loja?
Vamos ao que interessa.
Em Portugal, os processos judiciais envolvendo políticos começam sempre em pequenas e grandes vendettas e acabam em reajustamentos do sistema - afastam-se alguns personagens e surgem outros. Ou seja, nada (de essencial, de estrutural) se move...
E é isso que, com ou sem sobreiros, com ou sem lojas discount, com ou sem novas urbanizações, está a acontecer neste exacto momento.
Por vezes, a serena circulação de pessoas e bens (principalmente quando ligados uns aos outros...) no seio do Bloco Central (o qual sempre incluiu o PP....) é interrompida por pequenos sobressaltos. É quando alguém acha que, chegada a sua vez, outro ficou com a parte que lhe pertencia. E então estrebucha. Só isso.
E é por isso que casos como o de Maria de Belém versus Zezinha (a confirmar-se...) são o sintoma de que, por baixo de toda esta erupção aparente de justicialismo, corre um pacífico rio de lava, um toma lá dá cá que sustenta o sistema.
Obviamente, nenhum governo vai cair, nenhum peixe graúdo vai dentro. Nada. Nada se move, caro Manuel.

domingo, 19 de junho de 2005

Regresso a África

O leitor Carlos de Lisboa enviou-me um mail:
«Sobre o post Pequenas Incorrecções e porque o que quero é ser ensinado, diga-me de onde retirou esses números.
Já agora e enfim sempre é uma pergunta pessoal e pode não merecer resposta; visitou, habitou ou esteve nalguma província ultramarina antes, durante ou depois do 25 de Abril.»

Vejo que o leitor é adepto do método Louçã: se não tens filhos não podes debater o aborto; se não foste a África não podes debater a descolonização; enfim, se não te chamas José Lamego (o único português que lá esteve, por dentro, tempo qb) porque discutes o Iraque?
Nunca estive em África, pelo menos naquela. A partir daqui a conversa perde o interesse, porque o leitor não acredita em nada do que eu disser.
Acerca de África faço o costume: leio, tento perceber, ouço testemunhos de familiares que lá viveram (sim, dos tais retornados...). E retiro conclusões. Por exemplo: o 25 de Abril não resolveu o problema de África, como as décadas anteriores também não tinham resolvido. O 25 de Abril criou problemas novos a África como criou cá dentro. Infelizmente. Interessa-me, porém, o balanço global - e aí não aceito que se culpe o período de 74/75 pelos problemas, pelas males, que já lá estavam. De resto, basta ver o estado de miséria em que se encontra a generalidade da África negra - o PREC não tem as costas tão largas.

sábado, 18 de junho de 2005

Porque é que adoro Desperate Housewives (*)

O Fox (TvCabo) está a repetir a sessão especial de três episódios de Desperate Housewives (tinha passado na segunda-feira, presumo que com o objectivo de ultrapassarem a SIC, que ia um episódio à frente). Vista assim, de enfiada, ainda fica mais claro que o verdadeiro motor da série é a mentira. Não o engano, não o equívoco. Apenas a mentira. Pequena ou grande, sempre deliberada. Como na vida.
(*) Porque é que adoro Desperate Housewives

sexta-feira, 17 de junho de 2005

No pasa nada

O Manuel [GLQL] anda a ler os jornais errados. Por exemplo, se tivesse lido a última página do JN de hoje teria ficado a saber da mais edificante história do socratismo. Uma coisa de deixar corado de vergonha Gomes da Silva (who...?, sim esse, o do caso Marcelo) - o secretário de Estado Ascenso Simões obrigou um jornal de Vila Real a retirar das bancas uma edição onde se publicava uma entrevista não revista pelo seu punho. Na nova edição, já nas bancas, acham que só as respostas foram revistas? Nããã... o Ascenso reviu também a entrada, onde um jornalista (presume-se...) fazia a biografia do entrevistado. E depois o estalinista é que foi a enterrar...
[O espantoso nem é que o tal Ascenso ainda seja secretário de Estado, é simplesmente que, 24 horas depois, o silêncio seja tão atordoador.]
Mas o Manuel, que acha que se vai passar alguma coisa (onde terá ido desancantar tão súbita ingenuidade?), ainda nem terá reparado que Maria de Belém desistiu de Oeiras no mesmo dia em que Maria José Nogueira Pinto desistiu da Santa Casa?
O sistema funciona, meu caro. Olá se funciona!

Olhe que não, olhe que não...

Bolas... 'tava a ver que nunca mais concordava com o FNV [Mar Salgado].

Spam & hate mail united

A propósito do post «Pequenas incorrecções» recebi o seguinte mail de uma leitora:
O post "Pequenas Incorrecções" não só demonstra uma ignorância extrema do assunto assim como explica porque é que em África morre tanta gente à fome, por causa de pessoas como vocês que se estão completamente nas tintas.
Respondi-lhe assim:
Se não percebe nada do que lê, porque insiste?
Respondeu-me assim:
Foi a primeira e última vez.

O fim

Já são quase dez da manhã e o Manuel [Grande Loja] ainda não previu o fim de nenhum partido político, nenhum processo judicial, nenhum jornal semanário, nem do próprio regime. Preocupante.

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Inside information

Amanhã, Pedro Mexia escreve, no DN, um texto sobre Scarlett Johansson. Com tudo no sítio. O texto. Depois não digam que não foram avisados.

Suposições

O MacGuffin [Contra a Corrente] informa-me de que eu falo com base em suposições.
Eu, como sou uma pessoa com muito menos certezas que o MacGuffin, limito-me a supor que o MacGuffin não tem as informações que diz ter.
[PS: diz o MacGuffin que os processos sobre fuga ao fisco baseados nos sinais exteriores de riqueza nunca dão em nada. Esse é o ponto. É por isso (e por outras do mesmo género...) que anda meio mundo a exigir maior combate à fuga ao fisco.]
[PS2: quanto às minhas insinuações, o MacGuffin que fique descansado. Não sei de nada. E, nesse caso, nem sequer suponho].

Olha, obrigado

Eu desconhecia que, para o Francisco, a gratidão é um gesto desprezível [Os pais da Pátria]. Que se lixe... Não é por isso que vou deixar de manifestar publicamente a minha dívida - que é assim uma espécie de tentativa de pagamento - pelo facto de ter aberto o Aviz há dois anos. Não tivesse sido assim e, se calhar, o TdN não tinha nascido. Ou não tinha nascido uma semana depois.

Ostentam, ostentam... suponho

O MacGuffin [Contra a Corrente] sustenta todo um texto na suposição de que eu escrevo com base em suposições. Infundadas, presume-se. E é então que o MacGuffin escreve que «boa parte dos vigaristas evitam pavonear-se com sinais exteriores de riqueza». O MacGuffin lá saberá do que fala, visto que não escreve com base em suposições. Presumo. Suponho, porém, que o MacGuffin está errado. Não apenas pelo facto de o MacGuffin estar quase sempre errado (salva-se a parte da música...), mas porque estou convencido de que os vigaristas, pelo menos os vigaristas-novos-ricos-portugueses, gostam mesmo é da ostentação.

Pequenas incorrecções

Ainda a (des)propósito da morte de Cunhal, escreve Rodrigo Adão da Fonseca [Blasfémias] que o processo que se seguiu ao 25 de Abril «atirou para a miséria e morte milhões de africanos que falam a nossa língua».
Acontece que, antes do 25 de Abril, esses africanos que falam a nossa língua:
a) não viviam na miséria simplesmente porque viviam em regime de escravidão, nas fazendas e nas cidades;
b) não morriam aos milhões (enfim, desconte-se o exagero...) em guerras fratricida porque tinham uma guerra colonial que se encarregava disso.
Pequenas incorrecções.
[Pelo Blasfémias e por outros blogues, a propósito da morte de Cunhal, há uma corrente de crítica aos media que não passa de pura arrogância intelectual - a verdade foi-lhes revelada, não suportam a divergência, que não pensem como eles. E depois os outros é que são estalinistas...]

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Não vejam

Não acreditem em nada do que está a dar na televisão. Aquilo é uma gigantesca manipulação. Aquela gente não existe. Aquela gente vive uma ilusão. Aquela gente é cúmplice. Aquela gente não devia ter direito a existir. DESLIGUEM A TELEVISÃO.

Certeiro (II) íssimo

Aos outros – descendentes de Spínola e de Freitas do Amaral e de Adriano Moreira e de Manuel Monteiro e de Paulo Portas e de Avelino Ferreira Torres e de etc – ninguém deve historicamente nada de relevante neste país. Nem antes do 25 de Abril nem depois. Antes alimentavam-se do orçamento de Salazar; depois esconderam-se atrás de Soares. Agora blogam.

Cunhaladas

Álvaro Cunhal é daquelas figuras que nada me diz. Politicamente, afectivamente. Interessa-me apenas enquanto ícone, material de estudo.
Tal é, porém, a saraivada de ódio que por aí anda à volta do seu cadáver que o homem me começa a surgir simpático.
(É epidérmico, não se preocupem...)

A dúvida razoável

Dos jornais: «Dúvida razoável» salva Michael Jackson.
Há anos que tenho uma «dúvida razoável» sobre aquele rapaz.

Os bê-émes. Factos e fugas

A economia paralela assume em Portugal uma tal dimensão que quase faz desaparecer a outra, a real. Tirem o quase. Basta ler os relatórios de organizações internacionais sobre a economia portuguesa para percebermos, através de olhos mais distanciados, o enorme fosso entre os vários indicadores estatísticos e a realidade. A acreditar nos números, metade do país estaria à beira da miséria. E não está - um passeio de fim-de-semana pelos hipermercados de província (que raio de ideia...) seria suficiente para o desmentir.
Essa economia paralela é um outro nome da fuga ao fisco.
Como indicadores visíveis dessa realidade há os carros de luxo ou alta cilindrada, as férias esgotadas nas agências de viagens e esse fenómeno espantoso de a habitação de luxo no centro de Lisboa se vender melhor que a habitação mais normal dos arredores.
Isto é o retrato geral. Não quer dizer que toda a gente que tem um topo de gama não pague impostos. Quer apenas dizer que grande parte dessa gente não paga impostos.
Isto não é do foro da vida privada dessas pessoas. Quando alguém não paga os impostos que deveria pagar isso é de interesse público, porque, na verdade, estamos perante um roubo ao Estado, a todos nós.
O MacGuffin [Contra a Corrente] sabe que isto é verdade. Mas prefere ir buscar as tretas ideológicas do costume. Que nada têm a ver com isto, nem me interessa discutir.

Certeiro

Palavra de imigrante, mesmo quase, quase em português: Causas sociáis, políticas? Problemas de exclusão? Imigrantes não assimilados? - Seguramente. É preciso encará-los, procurar soluções e implementá-los. Mas não tenhamos ilusões. Não geraremos, num futuro previsível, se alguma vez, uma coesão social e uma partilha de valores, uma cidadania partihada pelos habitantes deste país que podemos depender dela e prescindir do efeito dissuasor e da acção, se necessário, dum law-inforcement eficáz.

terça-feira, 14 de junho de 2005

Lula gigante

Talvez por uma questão de berço, sou um indefectível da redistribuição de riqueza.
No Brasil, por exemplo. Agora são outros os que mamam. Mamam mais apenas porque não estavam habituados. Mamam com aquela sofreguidão de quem nunca mamou ou mamava às pinguinhas. Agora - oh espanto - eles até devoram a Amazónia na ânsia de mamar. Como se a Amazónia - oh ecologistas de recente extracção - não andasse a ser mamada, e bem mamada, há décadas.
É por isso, meu caro FNV [Mar Salgado], que ainda não procuro «um novo messias» coisa nenhuma. Para mim, ainda é Lula.

A perfeição é possível

O Daniel Oliveira, pré-deputado do Bloco de Esquerda, colocou uma foto do Cunhal no Barnabé para ilustrar o título: «Os meus heróis não são perfeitos». De facto, basta passar com o rato sobre a foto para aparecer isaltino.jpg. Vá lá, corrijam lá isso... a perfeição está ao alcance de um click.
[Act: o link foi reparado. Perfeito.]

Morte (2)

Há mortes assim, já apenas meros acidentes fisiológicos.

Pois...

Michael Jackson not guilty? Estava na cara.

segunda-feira, 13 de junho de 2005

A morte

A morte de alguém distante é um mero pretexto para o desfiar de memórias. E há casos em que nem vale a pena entregar-mo-nos a grandes balanços. Disso se encarregou a História.

sexta-feira, 10 de junho de 2005

gira discos

A inês [umbigomeu] desafia-me para um daqueles testes irritantes de responder e passar a outro
[a propósito, nunca respondi ao dos livros que o marujo [cibertúlia- parabéns pelos dois anitos] e o antónio [opiniondesmaker - os textos continuam dos melhores da blogosfera, pena é que a letra de vez em quando encolha e isso me esteja a agravar a miopía...], mas sinceramente não tenho paciência para aquela coisa de escolher «o livro da vida» e de não-sei-o-quê do Farhenheit]
e agora respondo, subvertendo as perguntas e não passando a outro [hi, hi...] porque me está a apetecer escrever sobre música e [oh deuses...] dar até uns conselhos. pronto.
1. computadores. pois... ainda estou formatado para o cd, mas já tenho os vários computadores onde passo os meus dias atulhados de mp3 e wav. uma confusão.
2. surpresas. os gorillaz - perdi a estreia, há uns anos, e agora, que estou a ficar velho (sniff...) descubro as delícias desta louca música de putos. muito bom. um mix fantástico de influências, samples. e cheio de convidados estrelas. a não perder. os arcade fire, com um disco chamado funeral (imaginem!!!). é curioso - da joni ao neil, do cohen a sei lá o quê, o que se passa com o canadá para ser tudo tão bom?
3. desilusões. andrew bird e patrick wolf. os media estão a vendê-los como se fizessem parte da família do rufus wainwrigth, mas não lhe chegam aos calcanhares. são ambos um bocadinho maçadores. de tão ecléticos, bem formados, inteligentes, tornam-se frios, quase insuportáveis. pomposos.
4. os clássicos. van morrison regressa, com magic time, aos tempos mágicos dos them, mas agora mais sereno (passaram 40 anos...). sem coisas irlandesas, quase só blues, r&b, um pouco de soul. e depois há a caixa tripla de b-sides e rarities do nick cave, de que já aqui falei. lindo. de morrer.
5. franceses (especial para a inês). ando às voltas com o benjamin biolay, que chegou cá a casa pelo disco a meias com a chiara mastroiani, um sucedâneo da carla bruni. o benjamin faz um pop com influências de chanson, um bocadinho adocicado, mas audível. para estes dias de calor.
6. banda sonora. por falar em calor, seja ele lânguido ou trepidante... a banda sonora do 2046 é excelente. os originais (quase-câmara, quase-electrónico) confundem-se magistralmente com clássicos, coisas latino-americanas and so on. muito bom.
7. mix. e depois há o disco caseiro do ano (do qual?), os humanos, claro. e a fabulosa rosa dos passos. os bright eyes (i'm wide awake...), o último da aimee mann. e o do maximilian hecker e...
o fim-de-semana é grande, grande. curtam.

quinta-feira, 9 de junho de 2005

Dica para miúdas

A Visão Júnior (já nas bancas...) traz na capa o Cristiano Ronaldo sem t-shirt.

L-Word

Agora que as séries de televisão estão de regresso [a Charlotte conta as cenas dos episódios anteriores], junto a sugestão: L-Word, às quartas, 21 e 45, no FoxLife.
Trata, num registo light qb e com doses assinaláveis de erotismo, de uma comunidade lésbica, onde há de tudo - casais fiéis que até querem ter filhos, outras que fazem da permanente circulação forma de vida, umas assumidas, outras nem por isso... Toda esta relativa normalidade é perturbada com a chegada de um jovem casal straight.

O barómetro do Plano

Sobre o Plano de Sócrates, o MacGuffin [Contra a Corrente] mandou-me à merda (desta vez) delicadamente. Não quer conversa comingo, o que só revela inteligência da parte dele.
Não posso, porém, deixar de notar que, lentamente, muuuito lentamente, lá vai metendo a viola no saco.
Eu, que estou de pé atrás com o Sócrates - mais pela capacidade de concretização do que pelas intenções -, nomeio desde já o MacGuffin meu barómetro pessoal para o tal do Plano.

quarta-feira, 8 de junho de 2005

Um post não insinuante

Falemos, então, sem ironias ou insinuações.
É óbvio que vivemos num mundo feito à medida e dirigido por homens. E em que há menorização da mulher.
Acontece, porém, que as coisas já foram piores, muito piores. Boa notícia para os optimistas.
O que acho errado é ir buscar sentenças judiciais excepcionais, videoclips excepcionais, coisas e coisas excepcionais para delas fazer regra. A ideia de uma sociedade de mulheres oprimidas, subjugadas, imersas em propaganda machista, parece-me completamente fora de contexto.
Já quanto ao uso do corpo - seja para a «autodeterminação», a sedução ou subir na carreira - apetece-me parafrasear a f. quando fala da linguagem. Diz que nunca é neutra. Pois não. É como o corpo. O seu uso em contexto social tem evidentes fins utilitários - estar bonita (o) é bom para as próprias (e para os próprios, pois então), mas tem um determinado valor de troca. Neste comércio social que é vidinha, tudo conta - a competência, a cunha, a sorte e, claro, o corpo. [era tão só isto que quis dizer no post anterior e que a Ana confundiu com uma insinuação não assumida. era-me difícil, de resto, fazer tal não-insinuação. porque, especialmente neste cantinho, só escrevo o que penso e me dá na gana. e não penso o que a Ana escreve].
PS: a ideia de trocar «mamas» por ovários parece-me péssima. o paralelismo é excessivo, menos imaginativo.
PS2: se a f. tiver paciência e esperar pelo dvd da consagração do slb como campeão nacional, vai ter cenas extra de balneário (passaram na rtp) com a rapaziada toda de cuecas. e suada, uau... até dá para ver que os têm no sítio.

E como se diz Soares em ucraniano?

Mesmo para quem vive mergulhado em informação, as livrarias continuam a ser locais de fascinantes descobertas - a crítica/recensão de livros vive literalmente perdida entre os gostos pessoais e o marketing das editoras.
Por exemplo, uma livraria do Saldanha tem em destaque uma pequena obra, de 20 a 30 páginas, bilingue, com o esclarecedor título «Bem-vindos amigos ucranianos». Uma coisa entre o folheto de boas-vindas e o guia prático. Autor: João Soares.

terça-feira, 7 de junho de 2005

Enquanto elas

foram comprar roupa (espero que nada de transparente, para não cairem no estereótipo de provocar os muitos machos que as tentam dominar)
sempre queria aqui aprovar essa ideia de substituir «os tomates» pelas «mamas» como significado de «coragem» - teria pelo menos a vantagem de tornar os jogos de poder muito mais transparentes. é que as mamas, das formas ao volume, aí estão à vista de todos, enquanto que no que aos tomates diz respeito...
longe de mim insinuar que a exibição das mamas visa qualquer utilidade mais utilitária e não apenas «a autodeterminação do corpo». olha só, já que falamos de mamas e tomates, se aos tais machos lhes dá um dia para autodeterminarem o corpo...
mais a sério (ou talvez não, que o resto, não parecendo, é bem a sério...), não será um exagero essa omnipresença da «propaganda anti-mulher»?

Da meteorologia dos sentimentos

Há uma irritabilidade específica dos primeiros dias de calor.

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Bê-éme... je t'aime

As estatísticas... as estatísticas. Pois, andava eu a escrever sobre a preferência (aplaudível...) dos portugueses, de certos portugueses, pelos bê-émes... faltavam-me eram os números. Ei-los.

Dos malefícios do hip-hop

Ando a ver pouco hip-hop. Sempre ouvi pouco hip-hop. Do pouco que conheço, concordo com a f. [Glória Fácil] - aquilo tresanda a reaccionarismo (e uso a palavra certa). Naquele universo de pretos e brancos pobres (ou fingindo que o são...), parece que ter um carrão, uns charutos e umas gajas é sinal de ascensão social, uma espécie de vingança. Obviamente, com a reprodução dos clichés, machistas e outros, que as classes mais ricas nunca deixaram de ostentar [sim, por exemplo, essa coisa de impôr o apelido...). Há ali uma boçalidade que incomoda e não passa apenas pelo sexo.
Isso parece-me a excepção e é aí que, se calhar, divergimos. Porque pegunto eu, implícito: tanto barulho por causa da excepção? E f. responder-me-ia com «a mensagem». Porque não se pode descansar, nem deixar de irritar, enquanto houver uma excepção à face da terra, uma «mensagem» errada. É por isso que uso a expressão «politicamente correcto» em sentido depreciativo - porque vejo nela uma pulsão normalizadora mais próxima da ditadura, da linguagem por exemplo, que do resto.
Politicamente correcto como, por exemplo, a história de «faltar alguma coisa» às mulheres incomodadas, irritadas. Mesmo dito a brincar, percebe-se que é a sério. Não a «falta de», apenas a fina culpabilização.

domingo, 5 de junho de 2005

Contra a corrente, duas rapidinhas

1. Os rapazes do «gel e do BMW», coitados que vão ser penalizados. Isso faz-se lembrar aquelas histórias neo-neo-realistas, contadas pelo Jaquinzinhos, de uma rapazes que até gostariam de fazer carreira e inovar em Portugal, mas o estado não deixa.
Pois... se os pais dos meninos não reinvestissem toda a massa das suas empresas na compra de terceiras habitações, mas apenas mais um pouco nas próprias empresas; se os primos desses rapazes não arranjassem empresas em nome individual e outras designações criativas para sacarem massa ao estado, ou seja para não pagarem um pingo de impostos; se toda essa gente pagasse qualquer coisinha ao estado, em vez de passar o tempo em férias (tentem marcar voos para qualquer parte do mundo para a próxima ponte...), comprar o último modelo da marca topo de gama, comprar as muitas casas que se estão a construir no centro de Lisboa a preços exorbitantes e que mesmo assim se vendem... pois, se tudo fosse assim, se houvesse melhor distribuição, não da riqueza, mas dos deveres perante o tal estado, se calhar havia mais espaço para a livre iniciativa de todos.
2. Quanto ao Sócrates, acho que o MacGuffin não tem estado cá.

sábado, 4 de junho de 2005

O poder de se despirem

f. [do Glória Fácil, outra vez? mas o que se passa comigo?] irrita-se com as mulheres que se despem para os videoclips de homens. Lembro-me disto enquanto passa na MTV Hits um videoclip de três moçoilas que se despem para o seu próprio videoclip.
Acho que f. se anda a irritar demais. E acho que começa a fazer parte da condição feminina destes dias o despir-se. E acho que f. tem uma concepção uma bocadinho demodé, ultrapassada e até perigosamente politicamente correcta desta coisa. Acho - e isto é puro achismo, sem qualquer base científica - que a maior parte delas, se não todas, não só se despem porque querem, como têm muito gozo na coisa. Sinceramente, a ideia de que elas se despem, coitadas, por necessidade ou mesmo por qualquer motivação machista (do tipo, seduzir os gajos para que eles comprem os discos) já não faz sentido. O mundo começa a ser delas, pelo menos no plano simbólico, do imaginário, e elas despem-se simplesmente porque acham que isso faz parte da sua condição de dominadoras. Despem-se, em suma, mais como manifestação de poder do que de subjugação.
(ah... a Etiópia, o Sudão e etc é outra coisa, não são deste mundo).

Wet, wet... sweat?

Ao fim de meses a ler nos jornais que a falta de água, vulgo seca, estava a dar cabo dos campos, descobriu hoje que a seca, vulgo falta de água, também está a dar cabo da vida nas cidades. Saiu na estação do Saldanha.

Bandeira ao alto

Foi pelo JPH [Glória Fácil - eu bem sabia que havia de lá descobrir qualquer coisa hoje, só não sabia era o quê - a propósito, o menino ainda não descobriu a amazon.co.uk, ou fr, ou mesmo com?], já que o Technorati parece que morreu, que descobri o blogue do Bandeira [Bandeira ao Vento]. Várias coisas, todas elas boas. Duas, para começar: a recordação dos melhores tiras para o DN (estou com saudades de ver o Portas com cara de Jaguar...); e a confirmação (para quem andava distraído) de que o Bandeira é muito mais que desenho. Um grande WELCOME.
Já agora... depois da entrada da f. no Glória Fácil, é mais um do Av. da Liberdade, 266. Um dia, ainda tomamos conta disto... ou daquilo.

sexta-feira, 3 de junho de 2005

À atenção do frenético Sócrates

El Gobierno ha anunciado hoy un paquete de medidas para atajar algunos de los problemas más recurrentes cada verano: la sequía, los incendios, la delincuencia en las zonas costeras, los accidentes de tráfico, la economía sumergida y los efectos del calor.

A verdade (às vezes) não tem fontes

No Glória Fácil (ups, i did it again...), JPH põe o dedo da ferida [Watergate] - discute-se demasiado as fontes e pouco a veracidade das notícias.
Exemplo prático - a nomeação de Fernando Gomes para a Galp está a pôr o PS em alvoroço (enfim, pelo menos aquela parte do PS que se leva a sério...). Agora, procurem uma fonte socialista que, em on, diga isso mesmo. Mas lá que é verdade...

Da corrupção

No Glória Fácil, ASL escreve [Os cientistas] sobre o anúncio dos putos sujos do Skip e a incorruptibilidade dos cientistas. É verdade. O resto da história escrevia-a há dias e por causa disso recebi hate mail . E garanto que não era de nenhum cientista.
[Um dos jornais que nos dão no metro trazia na primeira página que a nossa cerveja está 10% mais cara que a espanhola. Temo que esta informação caia nas mãos dos cientistas.]

Autobiografias

Primeiro, veio a striper socióloga. Agora, nas montras, está uma coisa chamada «Os meus não-sei-quantos dias como prostituta». Pelo caminho que as coisas estão a tomar, não tarda muito temos aí «Os seis meses que passei na última fila da Assembleia da República».

quinta-feira, 2 de junho de 2005

As limitações do criador

Já percebemos, Deus não usava banda larga.

Austeridade (III)

Antes que os fulanos da Economist se lembrassem de inventar um Indice Queijo Fresco para substituir o Big Mac, devido à evidente desvalorização da McDonalds, passou por um cartório.

Post-it ideológico (com elas ao fundo)

Há uns dias, n'O Acidental colaram-me a um conhecido opinion maker da praça para concluirem que estávamos ambos mais socialistas. Esta semana, o Provedor do Leitor do meu jornal colou-me a um conhecido blogger da direita para concluir que fomos dos mais críticos em relação ao plano Sócrates.
Ainda atordoado [relativamente, que isto de desagradar a gregos e troianos não é propriamente novidade], leio o MacGuffin [Contra a Corrente] chamar-me a jogo por causa do tal de Sócrates. O problema é que o post do aka CCC necessita, como de costume, de resposta longa e fundamentada. Nas próximas horas, entre prazeres e obrigações, vai ser difícil. Vou tentar. Fica aqui o post-it.

Austeridade (II)

Decidiu que só se preocuparia com o tal do défice e quejandos quando lhe coubessem apenas duas fatias de queijo fresco.

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Austeridade

Percebeu que aquilo do governo era mesmo para levar a sério quando a salada do Pans & Company, em vez das quatro fatias de queijo fresco, trazia apenas três.

Um post sem (quase) nada lá dentro

[ ].