segunda-feira, 17 de outubro de 2005

É oficial: Terras do Nunca entrou em pousio. Mas no link ali de baixo há um mundo de sensações novas que espera por si

sábado, 15 de outubro de 2005

O cantinho do voyeur


Tenham um bom fim-de-semana

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

O princípio da transparência

Diálogo entre blogueiros e jornalistas: mostra-me a tua agenda, que eu mostro-te a minha.

A arte da falcoaria

Pergunto eu: em que circunstâncias devem os membros do Governo utilizar o famoso Falcon?

domingo, 9 de outubro de 2005

O (b)ónus (II)

No caso Eurominas, por exemplo. Todos são culpados até prova em contrário. No caso Casa Pia, por exemplo, idem aspas. Em todos os casos chamados mediáticos, o ónus da prova já está invertido. Na classe política em geral, alguém acredita no enriquecimento legal, normal?

sábado, 8 de outubro de 2005

Portugal positivo

O El Pais, escreveu-se por aí, mudou de correspondente em Portugal para dar do país uma imagem mais positiva.
Na edição de sexta-feira, escreve assim o tal Miguel Mora, novo correspondente em Portugal:
Título: La derecha portuguesa, favorita en las elecciones municipales del domingo;
Lead: Debates azedos, plenos de insídia e insultos e fracos de conteúdo; juízes, polícias e militares em pé de guerra contra o Governo devido ao corte de privilégios; os cidadãos assustados com a crise económica; quatro candidatos a câmaras perseguidos pela justiça por diversos delitos económicos são claramente favoritos; o Presidente da República, Jorge Sampaio, reclama uma nova lei anticorrupção... [as reticências estão no original].
Eis, então, Portugal positivo em todo o seu esplendor.

[act: dedicado, obviamente, ao Luís. não sei se às vezes nos precipitamos, se nos precipitam. começo a saber, com o tempo hei-de ir lá, que as primeiras impressões, a espuma, nos turva. que não temos de seguir, por vezes nem com o olhar, tanto foguete alheio que por aí anda.]

O (b)ónus

Andam por aí uns intelectuais superindignados com aquela coisa da inversão do ónus da prova proposta por Jorge Sampaio. Se calhar, até têm razão.
O problema é que esses são os mesmo intelectuais, sem tirar nem pôr, que acham que deve ser o Governo a provar que nada tem a ver com um negócio pretensamente oblíquo entre a Prisa e a TVI.
Esses intelectuais são, obviamente, uma treta.

Declaração de (não) voto

Há quem me aconselhe o voto em branco, há quem me recomende o voto na lógica do menos mal.
Se calhar, estarei a ser injusto. Se calhar, a culpa é do Governo ou do sistema. Sim, será Lisboa uma cidade governável com uma câmara distante e meia centena de juntas de freguesia impotentes?
A verdade é que Lisboa, a minha Lisboa, a do meu bairro, a dos sítios por onde passo, é uma cidade abandonada, desprezada, cada vez mais feia, cada vez mais desumana.
A verdade é que os candidatos que se apresentam são insuportavelmente maus. Obedecem a lógicas que nada têm a ver com a cidade. Percebe-se à distância.
A verdade é que estou habituado - talvez mal habituado - a que o meu voto tenha peso. Mania das grandezas... tenho a ilusão de que o meu voto ajuda a decidir o governo das coisas. Ora, desta vez, pura e simplesmente, é-me completamente, mas completamente, indiferente quem ganha Lisboa. Só isso.

Secretos

Há quem ande indignado com as mudanças nos serviços secretos. Não teria sido mais importante terem-se indignado com o que fez nesses serviços a tripla Durão-Santana-Portas?

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Micro-causa

Neste momento, tenho uma. Aparentemente pessoal, mas verdadeiramente partilhável - penso que haverá muita gente com o mesmo problema.
Eu, que nos últimos anos tenho escrito texto atrás de texto de combate à abstenção, tento racionalizar, o melhor que posso, a decisão que tomei há várias semanas - abster-me, pela primeira vez na vida, numas eleições.
Post Scriptum: estou recenseado em Lisboa.

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Xiu

Hoje não escrevo para não perturbar as cerimónias do 5 de Outubro. E depois também não, porque entro em reflexão para as autárquicas. Depois, vem o Orçamento de Estado, mais as aparições em Fátima, mais o resto que vocês sabem. Compreendam, por isso, o meu silêncio. Sou uma pessoa importante, não posso derramar o meu ruído, perdão, os meus pensamentos dessa forma perdulária. Compreendam.

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Advertência

Este blogue encontra-se (ainda) temporariamente eclipsado pela Lua.

domingo, 2 de outubro de 2005

Sondagens (uma adenda)

O último de McCartney é quase Beatles. O novo dos Stones é o melhor, pelo menos, desde a década de 70. E acabo agora de ouvir Prairie Wind, que vai directo para top de Neil Young.
Este é um tempo de dinossauros.

sábado, 1 de outubro de 2005

Os assessores do Expresso

Deve ser monótona a vida dos assessores de Cavaco. Numa semana, procuram, procuram e desenterram um artigo com dois anos sobre o semi-presidencialismo. Publicam-no no Expresso. Noutra semana, dão voltas à cabeça e ao calendário, voltas e mais voltas, e descobrem que o raio calendário consegue meter numa só semana uma eleição autárquica, um orçamento de Estado e uma aparição em Fátima. O professor, magicam, não pode falar. Mas há que fazer saber que o professor não fala. Publique-se, então, onde, onde? Ora onde haveria de ser? No Expresso. Depois, na outra semana, há um livro sobre o professor, no qual foi colocada a frase mortal, mortalmente mortal: «Ainda é cedo para avaliar Sócrates». Notem a perfídia, a malvadez: ainda é cedo, mas o dia há-de chegar. Melhor: ele até já está a ser avaliado, não se pode é saber o resultado. Mas convém que se saiba que o professor há-de avaliar Sócrates. Ou não fosse ele professor. E onde se há-de publicar tão profunda coisa? Mas haveria outro sítio senão... isso mesmo, o Expresso. A isto, meus senhores, chama-se alta política. Está visto, não é para todos.