sábado, 23 de julho de 2005

(...)

Nos próximos dias (muitos, espera-se...) a actualização deste blogue vai ficar (muito) dependente do GSM, do GPRS, do WIFI e do PDA. Uma trabalheira.

sexta-feira, 22 de julho de 2005

Olhe... ponha-me isso num estudo

[Resposta ao Milhafre, obviamente sem qualquer intenção de descredibilizar.]

Ia jurar que a A1 já tinha três faixas até Aveiras (ou seria Carregado?) antes de 2001. Porém, para o confirmar, teria de ler uns estudos ou, no mínimo, consultar o Google. Mas estou sem tempo e, confesso, paciência.
Quanto aos estudos tenho um problema: nunca sei quais ler - os que são a favor, ou os que são contra.
Ponham dois cientistas, engenheiros, especialistas, seja o que for, a discutir a Ota ou o TGV e verão como muito rapidamente desatam a esgrimir com mais violência que qualquer político. Verão ainda como todos os argumentos técnicos se destinam a sustentar uma tese prévia. Ou seja, como a ciência é posta muito rapidamente ao serviço das convicções. Quase uma fé.
Temos, assim, os media pejados de cientistas que são pró e contra o nuclear, especialistas que são contra e a favor da co-incineração, da fertilização in vitro, do aborto, da regionalização, do combate ao terrorismo...
Uma das consequências da hipermediatização em que vivemos é que a ciência, os estudos, não só deixaram de ser o território neutro por excelência, como passaram a ser ele próprios os principais protagonistas das polémicas. Insisto: relatórios, estudos, especialistas, são hoje apresentados apenas para confirmar teses apriorísticas e só muito raramente para esclarecer ou ajudar a decidir. Exemplo acabado disso são os famosos pareceres jurídicos, sempre feitos à medida da encomenda.
Com a Ota e o TGV passa-se exactamente a mesma coisa, pelo que me dispenso sequer de tentar ler os famosos estudos. Leio opiniões e nenhuma delas é equilibrada - cada um colige os dados que mais se colam à sua ideia preconcebida. Tão simples como isso.
E é por isso que não tenho opinião sobre a Ota e o TGV. Não é por preguiça. Aliás, se quisesse ter opinião, seria fácil - faria como toda a gente. Primeiro, decidia de que lado queria estar, depois arranjava uns números que confortassem essa opção.
Prefiro, por isso, ficar-me pela apreciação da espuma da decisão política. E, face às indecisões de décadas, confio nas decisões do presente. E volto a insistir - confio porque decidi confiar e não por ter feito qualquer estudo sobre a matéria. Aliás, desconfio que se fizesse um estudo ele dar-me-ia inteira razão...
Há, porém, um aspecto quase trágico, porque cómico, em toda esta questão do TGV e da Ota. É a teoria da conspiração levada para lá dos limites do razovável. Há um ministro que se demite por causa da Ota (!), há um partido que obriga o seu Governo a fazer a Ota (!!) devido, é claro, aos mais inconfessáveis propósitos... - como se isso não estivesse no programa eleitoral... - e andamos todos muito entretidos a dar razão a uns e a tirar a outros. Porque, de fonte muito segura, topámos tudo o que se está a passar. Pudera... está tudo estampadinho num estudo.

quinta-feira, 21 de julho de 2005

Cuidado... há aviões na auto-estrada !

A auto-estrada do Norte terá que ser duplicada naquela zona. Qualquer leitor que conheça a A1 naquela zona, sabe que estamos a falar de um terreno acidentado. Há espaço? Quanto custará? Alguém já fez o estudo de construção?
Na zona do aeroporto da Ota, a A1 já tem três faixas para cada lado, o que dá um total de seis faixas. Com a duplicação, ficaríamos com 12 faixas. Obviamente, o estudo consultado prevê a aterragem de aviões na auto-estrada... Será por isso que o mesmo estudo assegura que no local só podem ser construídas duas pistas?

Shiu... não contem a ninguém

Fico sempre espantado com o que certas pessoas sabem:
A demissão de Campos e Cunha têm apenas um motivo : A construção da Ota, move demasiados interesses imobiliários comprometidos com o PS, e que ao poder o conduziram, que jamais algum ministro poderá questionar.

quarta-feira, 20 de julho de 2005

Luís Vaz de Cervantes

Numa mesa-redonda sobre o Mercosul, um dos embaixadores presentes previu, sem qualquer sombra de sorriso, que daqui a uns anos, umas décadas, o portunhol será reconhecido como língua.
[Imaginem as discussões que se poderiam fazer a partir desta ideia.]

terça-feira, 19 de julho de 2005

Estação terminal

Já andava desconfiado... o Manuel [GLQL] passa as tardes a ver os Morangos com Açúcar. Visualmente, é agradável, mas temo que já não seja para a minha idade. Ou que, só de ver, fique abrangido por qualquer disposição do Código Penal.
Quanto ao resto, lamento dizê-lo, mas o Manuel só quer mesmo é conversa. Discorda por discordar, o que é uma óptima ginástica mental. Mas é uma droga - uma espécie de Morangos com Açúcar (sendo este em itálico) - que não leva a lado nenhum.
Infelizmente, este blogue está a entrar em regime de pré-férias. Note-se o ritmo: primeiro a entrar, depois em pré, e só depois férias. Qualidade de vida... E é só por isso que a conversa, pela minha parte, vai ficar por aqui. Não é, como o Manuel gostaria, por desprezo a pessoas que, como ele, tiram umas horas valentes ao descanso para se porem a discutir a Pátria. Há uma semana que ando às turras com o Manuel e ele ainda acha que eu só ligo ao risível Freitas e a outros emproados. Não há pachorra... Como, aliás, a sua última réplica já denota - estamos, afinal, a falar que quê?
PS: moro aqui às portas da Amadora e esta noite há uma fumarada que não se aguenta. O Manuel, que sabe sempre tudo, poderá esclarecer-me se a caça aos raposos é feita com recurso a queimadas?

Ideias com retorno

Na Grande Loja, insiste-se na questão do TGV. E eu sou obrigado a repetir-me para que não ponham no meu blogue coisas que nunca escrevi.
1. Nunca escrevi que o TGV seria prioritário, ou que nos tiraria do poço. Verdadeiramente, nem sei se será útil. Repito: não percebo disso o suficiente.
2. Escrevi e repito que, numa economia como a nossa, o estado, infelizmente, ainda é o motor de muita coisa. E é-o não por opção política, mas apenas por escandalosa omissão de quem deveria assumir esse papel - os privados.
3. O que eu escrevi, e repito, é que o plano de investimento que o Governo anunciou, e volto a repetir, o plano, constitui um sinal de esperança.
4. Aqui, no blogue, e noutros sítios, tenho insistido em que o défice não é o nosso principal problema. Que o nosso principal problema é a economia, se quiserem, o crescimento. Enquanto este não fôr apresentável, o défice nunca será resolvido, ou sê-lo-á pontualmente.
5. O António Duarte recorda os casos da Expo e do Euro. Quanto ao futebol, está coberto de razão. Retorno, aquilo? Já no que se refere à Expo, estou convencido de que nunca ninguém se dedicou a fazer um estudo sério sobre o real impacto, ao longo dos anos, ainda hoje, daquele investimento na economia. Reconheço que há uma dificuldade - muito desse impacto não foi directo, nem talvez seja possível medi-lo.
6. O caso do Manuel é, sejamos benévolos, mais complicado. Ele quer que eu tenha uma ideia, eu, simples mortal, que a última coisa de que me lembraria na vida era ir para a política. Não Manuel, não tenho de ter uma ideia. Se tivesse, já tinha feito um partido. O mesmo, diga-se, passa-se com o Manuel. Ideia? Népia. A única coisa que consegue encontrar para tirar o país do buraco, em alternativa ao TGV que ele pensa ser a minha proposta, é esse banalidade do mérito. Até eu, rapaz sem ideias, já tinha conseguido chegar . Não, Manuel, o país precisa de qualificação, mérito se quiser, mas isso não chega. Nem uma ideia, precisa de várias. Se cada um for tendo uma, viável, interessante, com retorno, por pequena que seja, tudo junto é capaz de nos levar a algum lado.

domingo, 17 de julho de 2005

Lição de ortografia

Na entrevista ao político muito conhecido, sobre descolonização, a pergunta saía da agenda. A resposta não lhe ficou atrás.
- E o Acordo Ortográfico.
- Sabe... a ortografia está em decadência. Hoje, vinga a linguagem oral. E a electrónica, que não respeita ortografias.

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Os leitores com espaço próprio (XIII)

O A. João Soares (Cascais) está de parabéns. Hoje, publica uma carta na Sábado e outra no Independente. Diferentes e tudo.

Mania de perguntar

«What turns a man into a terrorist, and what can be done about it», pergunta hoje, em título, a Economist.
Esta mania de fazer perguntas é que nos leva à desgraça.

quinta-feira, 14 de julho de 2005

Traidor, mil vezes traidor

O ex-comissário europeu António Vitorino defendeu hoje que o combate ao terrorismo passa pela não hostilização das comunidades islâmicas na Europa, e por conseguir a adesão das moderadas contra os sectores mais fanáticos e radicais.
E foi este o homem que inventou umas medidas contra o terrorismo na Europa. Agora, capitula. Traidor.
[Adenda: recebi um mail de alguém preocupado pelos insultos a AV. Quem lê este blogue, nomedamente a polémica sobre o combate ao terrorismo, sabe que se trata de ironia. Para os outros, fica aqui o aviso.]

Perceber, compreender, combater

"Did you see this man at King's Cross? Was he alone or with others? Do you know the route he took from the station? Did you see him get onto a No 30 bus? And if you did, where and when was that?"
A polícia inglesa não pára de fazer perguntas.

Do que tu gostas sei eu

O senhor Denis Olivennes, presidente da FNAC, veio a Portugal e a Visão entrevistou-o. Diz ele, em título: «Não gosto de impostos». Na foto, coloca as mãos sobre a máquina que lê os códigos de barras. Olha, Denis, do que tu gostas sei eu.
[Post-lamento de um consumidor consumido].

TGV, uma resposta ao ralenti

Há dias, registei a coincidência de Espanha e França estarem a anunciar planos de investimentos muito semelhantes aos de Sócrates. Registei, apenas.
O Manuel [Grande de Loja do Queijo Limiano], olho vivo, logo viu nisso gesto de propaganda. E desata numa arenga sobre o TGV, o desgraçado deste país e mais umas coisas que podem ler aqui.
Não sou nem contra, nem a favor do TGV. Não conheço estudos, impactos e etc. Não tenho competência técnica. Outra coisa, bem diferente, é considerar que o Estado português, seja qual for o Governo, tem, obrigatoriamente, de ter um papel, decisivo, dinamizador, na economia. Se ficamos à espera da iniciativa privada... Nesse contexto, parecem-me do maior interesse iniciativas como os planos de investimento anunciados pelo Governo.
Ao Manuel, isto faz confusão. Como pode um país com um défice deste tamanho, fazer investimentos avultados? A minha resposta é outra pergunta: devemos, então, ficar quietinhos à espera que o défice se resolva e que tudo à nossa volta apodreça?

Os leitores com espaço próprio (XII)

A. João Soares (de Cascais) publica hoje uma carta na Visão e outra no 24 Horas. Outra, não. É a mesma. Curiosamente a mesma que já publicara, esta semana, salvo erro, na Capital.
Curioso é o tema: os impostos e os motoristas do ministro da Justiça, um tema que foi manchete no Correio da Manhã e que o próprio jornal desmentiu, de forma oblíqua, no dia seguinte.

Porque estamos a perder a guerra

contra o terrorrismo.
Porque pessoas como José Pacheco Pereira - cultas, inteligentes e aparentemente disponíveis - acham que é traição metermo-nos na cabeça do inimigo. [Público de hoje, inlincável]
Defende que nos atiremos a eles, nem que seja à dentada. Se soubermos onde morder, principalmente se soubermos onde se localizam as veias jugulares e as cabeças da hidra, seremos bem mais eficazes. Morder nas canelas não me parece que dê outro resultado que não seja acicatar a besta.
[Act: o Lutz, Quase em Português, comenta, com grande pertinência, o texto de JPP, nomeadamente no que respeita ao paralelismo com Hitler; no Fonte das Virtudes, há outro bom texto de reflexão sobre a palavra negociar.]

quarta-feira, 13 de julho de 2005

Negociar

Negociar, tal como entendo o verbo, implica sempre ganhos e cedências. O problema, caro FNV [Mar Salgado], é que não encontro nada que possa ceder aos terroristas.

Marketeiro

O Manuel [Grande Loja] acha que me insulta chamando-me Edson Athayde. Engana-se.
E está enganado.
A Espanha construiu a primeira linha de TGV, já lá vão uns anos, enquanto equilibrava as contas públicas. O resultado está à vista.
A França é tão avançada tecnologicamente que inventou a Net antes da Net (chamava-se Minitel, lembram-se?) e foi o flop que se viu. E agora ainda anda às voltas com o abissal afundamento da língua francesa na Net, americana como se sabe.
O problema de Portugal é outro - os grandes centros de excelência e de influência, como a GLQL, estão sempre do contra...

Seduzir, desarmadilhar

Reparo agora que FNV [Mar Salgado] utiliza o termo negociar. Acho que vai longe demais.
Prefiro os verbos seduzir, desarmadilhar. E explico.
Negociar com terroristas parece-me fora de questão. Não apenas pelas questões práticas que FNV assinala, mas especialmente por questões de princípio.
Acho, porém, que antes de lançar duas ou três bombas atómicas sobre uma certa zona do globo, algumas coisas podem ser feitas.
Estou a pensar em coisas que têm a ver, grosso modo, com a diplomacia, o trabalho nas organizações internacionais, a espionagem, os serviços secretos. E não excluo, obviamente, acções armadas, desde que contidas e dirigidas a alvos específicos. Nada do tipo Iraque ou algo semelhante.
E as acções em que estou a pensar nem sequer se dirigem aos terroristas. Mas sim ao meio em que nascem e florescem. Falemos claro: aos países islâmicos.
É necessário apoiar todas as experiências democráticas, de abertura, que separem o estado da religião. Mais que apoiar, é preciso incentivar. Apoiando os moderados, injectando dinheiro nos países ou zonas que caminhem nesse sentido. Punindo, vetando, sancionando os radicais. Se for caso disso, o uso da força é legítimo (ir buscar o Bin Laden ao Paquistão? uma força rápida de intervenção pode fazê-lo).
É nesse contexto que me parece um disparate, gasolina no fogo, a invasão do Iraque. É nesse contexto que me parece que nada terá solução enquanto o Ocidente (digo, os EUA) não mudarem a sua política para a Palestina.
O terrorismo alimenta-se de condições específicas, onde germina o ódio ao Ocidente. É por isso que falo em seduzir. Não os terroristas, mas a sua hipotética base de apoio, que apoia os que estão no activo e de onde saem todos os dias novos terroristas. Só conquistando essa gente para o nosso lado será possível desarmadilhar o terrorismo.

terça-feira, 12 de julho de 2005

Compreender

Dizia Isaiah Berlin que antes de tentar mudar o mundo, é preciso compreendê-lo. Uma escalada militar impede essa tentativa de compreensão, oferece pólos de sedução aos mártires e pretextos à quinta coluna. Negociar, ganhar tempo, obter informação, expor identidades, é coisa para homens de barba rija e narizes treinados.
[Por vezes, sabe-se lá porquê, distraio-me e esqueço-me de ler com atenção o que escreve FNV, no Mar Salgado. A inteligência ao serviço de um bom debate. Mesmo quando dele discordo. O que até nem é o caso.]

Perceber

Não estará mesmo a ver como é perigoso: perceber?! Que perceber é meio caminho andado para ceder, capitular, concordar com eles? Não me venha com aquela de quem tem confiança no seus valores pode permitir-se perceber. Isto é treta: Confiança. Mesmo auto-confiança. A auto-confiança, pelo contrário, precisa de que não se sabe demais. Perceber é traição.
[Ironia. Genial. Quase em Português]

Alguém que arraste com as culpas

É mais fácil culpar os jornalistas do que a incompetência e a irresponsabilidade das autoridades. Enfim, uma receita velha.

A luta contra o terrorismo

Os atentados de Londres foram realizados por quatro suicidas british born. Obviamente, isto não interessa. São pormenores. Interessa é que os gajos são uns cães.
Entretanto, na posse destes pormenores sem importância, a polícia inglesa realizou hoje uma série de operações, identificou pessoas, deteve outras, encontrou as pistas, os esconderijos.

Os milhões, lá fora

Em França:
67 pôles de compétitivité pour dessiner une nouvelle France industrielle
Le gouvernement a rendu publique, mardi 12 juillet, à l'issue du Comité interministériel d'aménagement du territoire (CIADT), la liste très attendue de ces projets. Réunissant entreprises, chercheurs, centres de formation, ils recevront une dotation de 1,5 milliard d'euros sur trois ans.
Em Espanha:
El Plan Estratégico de infraestructuras y transporte
Zapatero promete unir todas las capitales de provincia por AVE y autovía en 2020.

Eva Longoria, hoje, em entrevista ao El Pais:
P. Su personaje es controvertido porque mantiene una relación con un menor y está casada por dinero. En una sociedad conservadora como la estadounidense, ¿ha habido presiones de la cadena ABC para que su personaje sea menos atrevido?
R. No, y me sorprende mucho que no las haya. Al principio pensé que eliminarían enseguida el personaje, pero se ha convertido en uno de los favoritos en parte porque es uno de los preferidos por el público femenino. Muchas mujeres se encuentran en una situación como ésa, un matrimonio sin amor, una relación sin pasión...
P. ¿Pero cree que ése es un perfil habitual, el de una mujer hispana, joven y atractiva, casada por dinero?
R. Creo que es la primera serie que presenta un retrato positivo de los hispanos. Por fin somos los ricos del barrio, y tenemos un jardinero blanco. En la serie, mi marido y yo somos gente con estilo. Nadie nos mira mal, no somos la minoría racial. Hasta ahora, los hispanos que salían en televisión eran señoras de la limpieza o jardineros.
P. ¿Usted cree que el modelo de Wisteria Lane, la calle en la que viven las Mujeres desesperadas, es comprensible en otros países, como España?
R. No sé en España, pero en el Reino Unido la serie va muy bien en parte porque en ese país nació la comedia negra. Tenemos mucho interés por saber cómo funciona en España o Alemania, porque en esos países los valores son muy diferentes a los de EE UU. Quizá mi personaje sea un problema para ellos, pero sólo queremos hacer reír y pensar.
P. No me diga que piensan ustedes que España es un país más conservador que EE UU...
R. No, desde luego los estadounidenses son demasiado conservadores. Se han quejado de algunos argumentos de la serie, pero en televisión, hoy en día, hay mucha más violencia que sexo. Yo prefiero que haya más sexo, porque no hace daño a nadie, y ver a una de mis compañeras desnuda que a Bruce Willis pegando tiros.

Os leitores com espaço próprio (XI)

Isto hoje está calmo - é só desconhecidos. Sugere-se, porém, ao senhor Esperança (de Coimbra) e ao senhor Soares (de Cascais) que ataquem o Jornal de Notícias. Tem uma página inteira só com cartas de Rio Tinto, Feira e São Mamede de Infesta (!). Um desperdício.

[I don't know what to do. Every time I look at you I feel so completely dismantled.]
A partir de vários computadores, utilizando vários motores de busca, mas sempre no Brasil, têm sido procurados neste humilde blogue, com alguma insistência nas últimas horas, episódios de L Word.
Não tenho.

segunda-feira, 11 de julho de 2005

As cruzadas (modern way)

ÚLTIMA HORA: milhões de terroristas caem de joelhos por todo o Norte de África (e mesmo em alguns bairros de Amesterdão e Paris), olhos cheios de água, pedem perdão e juram nunca mais. Em nome de Deus.

Os leitores com espaço próprio (X)

O C. Medina Ribeiro (Lisboa), publica hoje uma carta no Diário de Notícias. A mesma que publicara sábado na Capital.

Os leitores com espaço próprio (IX)

O Carlos Esperança (Coimbra), hoje escreve no Diário de Notícias.

Os leitores com espaço próprio (VIII)

O A. João Soares (de Cascais), que no domingo escrevia nas secções de cartas do Público e do Diário de Notícias, escrevera na Capital, no sábado.

Relativismos

Srebrenica. Foi há dez anos. E não é possível esconder, após uma década de tentativas frustradas de mostrar que tudo não passou de uma invenção mediática. Só ali, desapareceram quase 8 mil pessoas (quase dá vontade de comparar com outros massacres da idade contemporânea...). Dos desaparecidos na guerra da Bósnia, 85% eram muçulmanos, 12% sérvios e 3% croatas. Bárbaros são os outros, evidentemente.

domingo, 10 de julho de 2005

Xenofobias

Sobre o famoso arrastão de Carcavelos, já nem sei que pensar: foram os filhos da puta dos pretos, ou os filhos da puta dos jornalistas?

Repórter em chamas

Na televisão está uma rapariga deambulando sobre cinzas fumegantes. Percebe-se que a única coisa que arde é um amontoado de ferro-velho. Percebe-se porque se vê. Do que ela diz, nada se entende. Está ofegante, atropela as palavras. Ofegante e quase fumegante. Jornalismo em estado puro, ou seja, antes de qualquer intervenção humana.

Os leitores com espaço próprio (VII)

A. João Soares (Cascais) escreve, hoje, no Público, sobre impostos e tabaco, e no Diário de Notícias, sobre a ajuda a África. Este homem é um poço de opiniões.

Desesperada

Gabrielle, a latina, ao lado da sogra em coma, tenta convencer o padre, enganar o destino:
«E se eu me confessar, vou para o Céu? E tem de ser hoje, não pode ser quando fizer 75?»

sábado, 9 de julho de 2005

Outra coisa

são, por exemplo, as sempre muito criticadas declarações de Mário Soares.
O que ele diz, no fundo, é que, para melhor lutar contra o terrorismo, temos de conhecer as suas causas, o campo onde germina, e combater as condições que o levam a crescer. E corrigir, se for caso disso, os actos que, do nosso lado, adubam essa planta daninha.
Tudo isto me parece muito razoável e até sábio. Só um tonto se lança numa guerra contra algo ou alguém sem, antes, tentar perceber o que leva o outro a estar em guerra. Quanto a esta guerra específica, na qual já se percebeu que o poderio militar não é factor de vantagem, haverá mesmo todo o interesse em desarmadilhar o inimigo, retirando-lhe as motivações, enfraquecendo a sua base de apoio.
A ideia de que os terroristas são simplesmente loucos fanáticos é inoperante. Devemos ouvir o que dizem, tentar perceber o que dizem e porque o dizem, para que, combatendo essa argumentação, lhes retiremos força.
Bradar que «somos todos ingleses», que «a razão está do nosso lado e por isso venceremos» parece-me uma atitude tão idiota, por ineficaz, como desatar a bombardear o Iraque.
À irracionalidade do outro campo só podemos responder com mais inteligência. E o primeiro acto de inteligência talvez seja de tentar encontrar pontos de convergência, de aproveitar todas as forças que estão do nosso lado, em vez de trabalhar com vista a detectar todas as mais mesquinhas divergências.

Londres, 07.07.05 (esclarecimento a pedido)

Não conheço ninguém que tenha dito «estavam mesmo a pedi-las».
Que alguém, perante o que aconteceu em Londres, dirija o primeiro pensamento para os que ao seu lado NÃO estão a dizer nada daquilo é revelador do estado de insanidade a que chegámos. Ou seja, o ódio e a vigilância privilegiam quem está mais próximo, do nosso lado, e não os bárbaros. Acho que não há muito mais a esclarecer, caro MaGuffin [Contra a Corrente].

sexta-feira, 8 de julho de 2005

Desesperadas. Desesperadas. Desesperadas

Sábado, às 21.15. Domingo, às 17.15. Três-episódios-três de Donas de Casa Desesperadas. Canal Fox.
[Post publicado ao abrigo da lei do serviço público].

Os leitores com espaço próprio (VI)

A. João Soares (Cascais) escreve hoje na secção de cartas do Independente. E amanhã?

quinta-feira, 7 de julho de 2005

Os leitores com espaço próprio (V)

E continua. O A. João Soares (de Cascais), hoje, escreve na Capital. E amanhã?

Londres, 07.07.05

Nestes dias, há sempre uma coisa muito irritante: aqueles que se abeiram para dizer «estavam mesmo a pedi-las».
E há uma coisa ainda mais irritante: aqueles que se chegam à frente para protestar contra aqueles que dizem «estavam mesmo a pedi-las».
Por exemplo: nos blogues, já encontrei uma data deles a debitarem a segunda tese, nenhuma a primeira.

quarta-feira, 6 de julho de 2005

Os Jogos

Gostava era que ganhasse Madrid. Mais um dos choques de que estamos mesmo a precisar...

Os leitores com espaço próprio (IV)

O A. João Soares (Cascais) escreve hoje no Público. Onde escreverá ele amanhã?

G8, fora nada

O que é mesmo bom é escrever num blogue de direita, perdão, num blogue liberal...
Por exemplo, sobre os G8. Fica-se imediatamente dispensado de escrever sobre o essencial. O que é, ou não, discutido. Basta dizer umas banalidades sobre os idiotas que se manifestam cá fora.

terça-feira, 5 de julho de 2005

Paisagens de Verão

Pois é... o umbigo ainda é zona de fronteira. E isso é um problema.

Os leitores com espaço próprio (III)

O Carlos Esperança (Coimbra) tem hoje uma carta no DN.
O Hugo Daniel Oliveira (Lisboa), que já chegou a ter uma coluna no DN (!), tem hoje mais uma (!) carta no Público.

Os leitores com espaço próprio (II)

O Cibertúlia seguiu o rasto a Carlos Esperança. E o A. João Soares (Cascais), por onde andará ele?

segunda-feira, 4 de julho de 2005

Tenham medo. Tenham muito medo

Há várias horas que sobre Lisboa caem faúlhas e um fumo muito negro.

Os leitores com espaço próprio

As cartas dos leitores são uma das secções mais menosprezadas dos jornais. Em alguns casos, como nos semanários que saem ao sábado, são muito lidas simplesmente porque desmentem as notícias mais interessantes da semana anterior. No resto dos casos, são lidas pelos próprios e pouco mais. Outra das curiosidades é que aquele espaço é uma espécie de Opinião 2, onde escrevem sempre mais ou menos os mesmos. Por exemplo, este fim-de-semana, lá vinha o A. João Soares, de Cascais, num semanário e num diário. Para a semana, quem sabe?, será a vez do Carlos Esperança, de Coimbra. Se calhar, também têm blogues.

domingo, 3 de julho de 2005

Velhos com causas

O Canal 1 está a repetir a maratona Live Eight. O que mais salta ao ouvido é que (quase) todas aquelas canções são velhíssimas. Como o problema que ali as levou, dir-se-á. Não me parece que isso tenha sido propositado.

sexta-feira, 1 de julho de 2005

Gira-discos

Etienne Daho. A forma como pronuncia flash baque.

O princípio da religião

É sempre assim. Metem-se com elas, levam tampa e viram-se para Deus.