domingo, 23 de janeiro de 2005

Mentira no condicional

Nunca a blogosfera andou tão mal frequentada. Isso já seria um óptimo pretexto para justificar longas ausências.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

Bloguengasgado

terça-feira, 11 de janeiro de 2005

País do espanto

E um dia desataram a discutir se Portugal está preparado para um tsunami.

sábado, 8 de janeiro de 2005

Dúvida de fim-de-semana

Ganhando o PS em Fevereiro, quem será o principal derrotado - Santana, que esteve lá seis meses, ou Durão, que lá esteve dois anos?

Tant de Belles Choses

O último disco de Françoise Hardy (Tant de Belles Choses) não é nada de especial. Lembra Clair Obscur pelo conceito (o tom das canções, as colaborações...), mas fica-lhe um bom bocado atrás.
Sobre Françoise pouco posso, porém, dizer.
Aquela voz tolhe-me. Cante ela o que quiser, mesmo o hino nacional em registo de rumba.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Buuum !

Um dia, deixei-me de mariquices e pus a Bomba Inteligente nos links.
Vocês não sabem, mas isto tem uma história. Que começa assim:
Quando cheguei aos blogues, a Bomba foi dos primeiros em que tropecei. Já era assim, menos o grafismo. Gostei. E, um dia, armei-me em cavaleiro andante e pus-me a defender a Bomba numa liça com um cavalheiro blogueiro (está tudo lá para trás, nos arquivos, pelo que me dispenso de pormenores e nomes). Trocámos uns mails e uns links e pronto. Cada qual continuou na sua. Um dia - juro que não me lembro porquê... - a Bomba tirou-me dos links (ou foi ao contrário?) e eu retaliei (ou foi ao contrário?).
Até ao tal dia em que voltei a pôr a Bomba nos links.
Até ontem, quando a Bomba me pôs em destaque.
Não posso negar - gostei e agradeço. A Charlotte é do melhor que há e eu até estou à vontade porque nem sequer a conheço e até passo a vida a dar umas castanhadas nos seus amigos blogosféricos (será daí a guerra dos links?). E como nem sequer a conheço, até posso mandar-lhe um beijinho. Chuac.

Brel, a NATO, um almoço e Brel outra vez

Uma das melhores memórias deste blogue foi quando por aqui se assinalaram os 25 anos da morte de Brel. As visitas dispararam e a caixa de correio encheu-se. Fiquei espantado.
Estava longe de saber que, poucos meses depois, à boleia da NATO (!!!), estava em Bruxelas no último dia (?) da exposição que assinalava o evento. Na companhia desta menina, a mais breliana que conheço. Ontem, fomos almoçar- o pequeno grupo de Bruxelas. E ela devolveu-me a caixa de DVD do Brel (segredo: parece que não conseguiu copiar...). Agora, quando quiser rever é só apitar - almoçamos e eu levo a caixa (segredo: vou tentar copiar...). Até lá, pode ir lendo e citando o livrinho das últimas noites de... Brel (segredo: não fiquem tristes, o homem viveu a vida em pleno até ao fim e tomáramos nós que as nossas últimas noites fossem assim).

(Falta de) Educação

Passou agora na SIC Notícias. A ministra da Educação não vai hoje ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre a trapalhada da colocação de professores porque (cito): «Achei que os jornalistas me fariam, na conferência de imprensa, todas as perguntas relevantes».
Não sei o que mais me fascina: se o total desprezo pelo funcionamento da democracia; se o elogio implícito e despropositado aos media; se o descaramento.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Pôncio

Parecem-me inadequadas todas as graçolas com referências a Pilatos.
Neste caso, ninguém ficou com as mãos limpas. Mesmo os que as tentaram lavar.

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Vampiros ?

O tema é recorrente. Luís Rainha [Blogue de Esquerda] indigna-se com os «vampiros do tsunami», ou seja, os jornalistas (parece que principalmente os da televisão) que exploram a dor alheia.
Há exageros, é certo. Há uma certa tendência para o espectáculo, é verdade. Mas as televisões têm sido espelho do nosso espanto.
É preciso lembrar que, logo no dia do maremoto, o balanço de mortos ficou-se pelos 11 mil. E que tem sido com horror que todos os dias descobrimos que esse número cresce, e cresce, e cresce... admitindo-se já que só na Indonésia tenham morrido mais de 100 mil pessoas.
Pelo número de mortos e pela especificidade do fenómeno, o caso impôs-se de forma brutal na primeira linha da actualidade.
É claro que tudo poderia ter sido mais discreto - os indonésios poderiam ter morrido em paz, ser enterrados longe dos nossos olhares, e os vivos talvez pudessem ir fazer-lhes companhia.
Mas não. Há umas televisões que não param de aborrecer os acomodados, de lhes mostrar o sofrimento de quem ficou sem nada, sem família, sem casa, sem comida.
O mundo, habituado que anda aos horrores, só já reage ao choque brutal. Essa é a verdade. Que as televisões, com todos os defeitos e todos os exageros, tornem universal a dor não me parece condenável.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

Ão ão, ão ão

Dos quilos de spam que recebo diariamente, há um que me chama a atenção. Dog Translator - With Bow-Lingual you always know what your dog is trying to tell you!
E aqui estou, de cauda a abanar, a língua pendurada para o lado, a olhar para o computador. Auf, auf...

Camarada Jerónimo

Vejo agora, pela televisão, que Jerónimo de Sousa tem aquela maneira de falar, uma espécie de grito sussurrado, um grito controlado, uma estudada debilidade vocal, um certo aveludado, que estava habituado a ouvir em Álvaro Cunhal. E que Carvalhas nunca teve. Não sei se isto interessa, ou sequer se tem alguma importância.
[Noto que utilizei o verbo «ver» para falar de uma voz. Coisas da televisão.]

Blogues do ano / Ano dos blogues

Os blogues estão a fazer furor. Vários jornais, revistas, tvs consideram o fenómeno como um dos factos marcantes do ano que passou.
Por cá, muitos fazem listas dos melhores de 2004. A minha lista é a que está ao lado (mais ou menos - há sempre as des-actualizações do costume). E bastaria dar uma volta, neste começo de ano, por aqueles links para perceber como muita coisa mudou com os blogues.
Para mim, tornaram-se indispensáveis. Porque têm coisas que nunca poderiam estar noutro lado, num registo que não poderia estar noutro lado.
Tornei-me, pois, um grande consumidor de blogues (mesmo agora, com menos disponibilidade para participante activo). E, sim, acho que nos blogues portugueses há já massa crítica a justificar uma demorada espreitadela diária. Até já.

domingo, 2 de janeiro de 2005

O embaixador (2)

É claro que o embaixador fez mal em ter ficado.
É claro que se tivesse ido de nada adiantaria.
É claro que isto demonstra a fragilidade da nossa rede diplomática. Como do resto.
É claro que, passada a gritaria - relativa, que estamos em semi-férias -, tudo ficará na mesma.

sábado, 1 de janeiro de 2005

O embaixador

Parece que o embaixador português na Tailândia é do PS, amigo do Guterres ou coisa parecida. Como o homem não percebeu de imediato a dimensão da tragédia, lá temos caso. Com um picante especial - são as vozes da coligação governental as que, directa ou indirectamente, zurzem no embaixador. Que depende hierarquicamente - convém não esquecer - do governo da tal coligação.
Seria de espantar se, por uma vez, não nos embrulhássemos em coisas tão pequeninas em momentos tão importantes.