Onda laranja?
Checo mate.
Everybody Knows This Is Nowhere - Neil Young
- Jotinha, amor, andas a fazer alguma coisa às escondidas?
O que mais me impressinou na declaração com que Durão Barroso anunciou ao país TUDO o que o país já sabia, foi o tom baço, o conteúdo sem chama.
1. Manuela Ferreira Leite já fez quase todos os truques que havia para fazer. O défice apresentado a Bruxelas é completamente irreal - nos próximos dois anos seria virtualmente impossível apresentar um défice dentro dos critérios de convergência. Porque nada de estrutural foi feito para equilibrar as contas do Estado.
Durão Barroso vai ganhar cinco vezes mais do que ganhava em Lisboa - acaba de noticiar a SIC.
Não se esqueçam: todos de vermelho/verde contra os laranjas. Palavras de Scolari. Antecipadas já!
No Mar Salgado, uma hilariante e certeira série de PC (sim, há um PC no Mar Salgado...):
Tenho estado com problemas no acesso a alguns blogues alojados no Blogger. Mandei um mail a perguntar o que se passava. Resposta:
Have you heard the news that's going round here
Os blogues fervilham (abruptamente, o meu contador bate recordes... ah bruto).
[Imaginem que, na mais perfeita democracia do mundo, na democracia que quer ensinar os outros a viver em democracia, foi necessário que um tribunal superior dissesse isto:]
Escrevi hoje de manhã um curtíssimo texto sobre a transição de soberania no Iraque.
A esta altura do campeonato, os serviços da Presidência da República já devem estar bloqueados com tanta informação. Como este é um blogue de serviço público, aí vai uma síntese do estado das coisas.
E agora, para descomprimir, uma citação daquela canção de Joe Cocker num filme com aquela rapariga loira. Não me lembro do nome... Só sei que a citação está completamente fora do contexto:
Não, a crónica do VPV não era essa. Era a do dia seguinte - «Chega e sobra». Diz, por exemplo, que «O Presidente da República abre um precedente gravíssimo se deixar que a coligação se refaça sem eleições». O melhor é ler o resto... como de costume, o MacGuffin deve achar que estou a citar fora do contexto.
Teoricamente, hoje é um dia histórico para o Iraque. A coligação que invadiu o país entregou a soberania a um grupo de iraquianos - tão eleitos quanto o seu antecessor Saddam.
Na maré de aniversários em que andamos todos (os blogues, os blogues...), há ainda uns agradecimentos a fazer, uns parabéns a dar e... uma má notícia.
O João Miranda não entende por que carga de água fui buscar a Itália. Se há coisa de que não gosto é que as pessoas fiquem mal esclarecidas.
Há um turbilhão de palavras/ideias à solta. Para que o essencial não se perca, repete-se, com sublinhados, o texto publicado sábado:
"Have you ever had the feeling you've been cheated?"
Se a Itália funciona, porque não há-de funcionar Portugal?
O que o MacGuffin tem de bom é a capacidade de nos surpreender. Por exemplo:
Caro MacGuffin, permita-me um conselho. Leia o que tem escrito, com carácter de angústia e urgência, Pacheco Pereira no seu Abrupto - não faço link, que ele não gosta.
Não, meu caro MacGuffin, nada disso. O meu amigo leu-me mal. Anexam-se esclarecimentos.
O Portugal votante -- em particular a base eleitoral do PSD -- prepara-se para ser traído pela segunda vez em dois anos. Primeiro, quiseram Durão à frente de um governo PSD e levaram com Paulo Portas a reboque. Agora, levam com Santana Lopes, cujo projecto tinha sido rejeitado pelo congresso do próprio PSD.
Às 18:28, estava Durão Barroso a ser recebido pelo Presidente da República, escreveu JPP: «POBRE PAÍS o nosso».
1. É claro que, se Durão Barroso tiver o convite e as condições para ser presidente da Comissão Europeia, deve aceitar. Não é razoável exigir de alguém que rejeite uma oportunidade destas. Portugal ganha alguma coisa com isso? Ganhará sempre, nem que seja apenas marginalmente, nem que seja apenas no marketing.
A todos os que, em suporte pessoal ou digital, dirigiram palavras simpáticas a TdN pelo primeiro aniversário, um sincero obrigado.
Faz hoje um ano, mais ou menos por esta hora, mais ou menos sob este calor, andava eu às voltas com um template, vamos lá ver se isto funciona, será que isto é assim tão fácil. Umas horas depois, de manhã, como em tantas outras manhãs que se seguiram, o computador tornou-se, mais que uma obsessão, quase uma extensão da minha vida. E o blogue lá foi andando, ao sabor da vida. Uma vida.
Para um amigo tão especial - um verdadeiro Heart of Gold - um obrigado muito especial.
- O senhor aí, sim, o senhor, importa-se de se levantar. Esse lugar é meu.. Tenho passe Classe A.
Telmo Correia disse, sem se rir, que o PP manteria os mesmos dois deputados mesmo que tivesse concorrido sozinho às eleições europeias.
NMP, do Mar Salgado, tem toda a razão - as bárbaras execuções de estrangeiros no Iraque estão a ser vistas com carácter muito dúplice no Ocidente.
Parágrafo 24.04.74.º
Rendo-me. O João Miranda tinha razão - a liberalização do preço dos combustíveis só tem trazido vantagens. Quando o petróleo sobe, sobem todas juntas. Quando o petróleo baixa, baixam todas juntas (só que, como dizia o outro, baixam baixinho...). Além disso, tem sido uma maravilha - tentando aproveitar os benefícios da liberalização, há empresas a oferecer serviços novos, gasolina às cores e até com sabores, leve um pague dois, perdão, leve dois pague três, e por aí fora... Nunca imaginei tanta felicidade numa estação de serviço!
Entretido que andei com a bola (!!?), nem reparei no aniversário de um dos meus blogues de eleição. Com um pedido de desculpa pelo atraso... Parabéns Bruno.
- Oh Jotinha... Pra quem não vai à bola, não estás a ficar um bocadinho uligã?
E agora, digam lá se os deuses (escolha você mesmo, de acordo com as suas inclinações...) não foram generosos?
Gostava que a festa tivesse sido outra. Que Lisboa tivesse sido inundada de bandeiras verde-rubro e amarelo-vermelho. Não faço a mínima ideia se a bola e a matemática tal permitiriam, mas uma festa ibérica teria sido de arromba.
O Chico Buarque faz hoje 60 anos.
Desmedida, esta alegria do futebol. Uma nação que se transfigura perante uma vitória ténue, e que será duramente posta à prova daqui a pouco.
Numa entrevista à Veja desta semana, Kofi Annan, o secretário-geral da ONU, questionado acerca da forma como hierarquiza os principais problemas do mundo, responde:
Longe de mim associar a debandada da tal direita inteligente a:
Caro McGuffin, por amor de Deus não encerre o blogue...
É por isto que Pacheco Pereira vai fazer falta ao comentário político em Portugal.
Acho que foi quando o Francisco criou o Aviz que tomei a decisão de também fazer um blogue. O Aviz faz hoje um ano, o que quer dizer que o TdN fará um ano daqui a mais ou menos uma semana.
A informação é hoje também um mercado. E, claro, se o filho de um político é apanhado numa rede de droga isso é notícia. Mesmo que o filho seja maior e responsável pelos seus actos. Mesmo que aquilo que verdadeiramente conta é que uma rede de tráfico, envolvendo mais de três dezenas de pessoas, tenha sido desmantelada.
Se há blogue que se parece com um livro (mesmo para ler só com uma mão...) esse blogue chama-se Opiniondesmaker.
Será que o Contra-a-Corrente ainda não percebeu que o que está a dar, entre a malta da direita inteligente, é fechar o blogue?
Há várias horas que, de meia em meia hora, a SIC está a dizer que «o filho de Leonor Beleza» foi detido por um crime qualquer. Isto não faz sentido.
FNV abandona o Mar Salgado. E agora, quem vai estar vigilante aos desmandos esquedalhos dos jornalistas? Com quem me vou meter quando me apetecer uma polémica cortante mas civilizada? Quem me vai linkar, sem linkar, na coluna ao lado?
Devido ao sorriso amarelo (alaranjado, vá lá...) com que n'O Acidental se festeja a vitória de Ferro Rodrigues nas europeias, decidi passar a tratar o dito sítio como Blogue José Sócrates.
No Bloguitica, defende-se que Paulo Pedroso «deveria esperar que se esgotassem todos os mecanismos de recurso» antes de regressar ao Parlamento.
José Pacheco Pereira vai ser embaixador de Portugal na UNESCO.
O resultado das europeias em Portugal vem deixar a nu o que se previa - o mal-estar que acompanha a coligação desde a nascença.
Daqui a dois dias, em Bruxelas, reune-se uma decisiva cimeira europeia. Será a cimeira dos derrotados. A maioria dos chefes de governo da Europa perderam as eleições ou sofreram valentes sustos.
A democracia faz-se com quem está. Isto é, com quem vota.
Hoje era o dia em que, inevitavelmente, haveria de arranjar uma piadola qualquer, que meteria obrigatoriamente futebol e política, para justificar a ausência dos próximos dias.
E por falar em défice...
Não resisto a citar o El País:
Eu pensava que o comunismo tinha nascido derrotado. Um sistema tão mau só poderia estar condenado ao fracasso.
A «notícia» sobre Ferro a lançar Franco para Belém parece-me, de facto, dissonante em relação a TODAS as notícias sobre o mesmo evento. Dessa forma, por enquanto, parece-me uma bocadito «falsa»... Se puserem um microfone à frente de Ferro, já não garanto nada...
Na sua perpétua peregrinação planetária em busca de causas que entalem os dos costume, FNV (do Mar Salgado), descobriu agora o Sudão. Antes que gaste mais latim, dou-lhe já duas sugestões.
O Bloguitica todos os dias nos recorda que detesta Ferro Rodrigues (e Durão Barroso e Paulo Portas, mas isso não vem ao caso...), mas às vezes exagera nos argumentos a que recorre. Por exemplo, pelas notícias que vi, Ferro Rodrigues parece ser o único dirigente do PS (desculpe-se o exagero...) que não se pronunciou sobre a ideia de candidatar Sousa Franco a Belém. Mas nem por isso se livra... se não defendeu a ideia, poderia ter defendido.
Os Estados Unidos ganharam a Guerra Fria.
A morte de Ronald Reagan levou O Acidental a vestir-se de luto. Negras letras sobre fundo negro. Não se consegue ler nada. Há males que vêm por bem.
A estas horas, já deve haver por aí meia dúzia de blogues onde se excomunga para todo o sempre quem não tecer duas ou três lôas a Reagan e outras tantas ao Dia D. Ou seja, a quem não picar o ponto. Esse patrulhamento tornou-se, de resto, uma das actividades favoritas da nossa pequena blogosfera - registar, invectivar, censurar quem regista ou não regista, critica ou não critica, aplaude ou não aplaude, certos e determinados eventos com que se tece a actualidade. Confesso que é uma das coisas - picar o ponto - para a qual já não tenho paciência.
Sobre a questão dos insultos na campanha eleitoral e da cobertura jornalística dos assuntos europeus, JPP tem toda a razão.
Vital Moreira incomoda-se com o anúncio do túnel para o Tejo. Pecadilho regionalista...
Ainda não estava completamente refeito daquela coisa da Força Aérea ter dois F-16 à espera do OVNI, quando o governo anunciou que ia fazer um túnel para o Metro sob o rio Tejo.
Estava a ler isto [Toda a verdade sobre a Carlyle!] e desatei a rir. Por causa disto [Governo abre negociação da Galp aos parceiros da Carlyle]. Por um daqueles acasos, a seguir fui ler isto [Há muito tempo que não me ria tanto].
O acontecimento do dia (ia a escrever «do ano», mas ao ritmo a que as coisas andam «do dia» parece-me mais adequado...) é, sem dúvida, o OVNI (porquê no singular, senhor jornalistas?) que nos visitou pela calada da noite.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual vai realizar uma viagem a Cuba.
Recebi, finalmente, a carta do governo sobre o euro.
Quando rebentou o processo Casa Pia, logo nos informaram que estavam a ser esvaziadas prisões para acolher mais arguidos. E depois explicaram-nos que o assunto iria até às últimas consequências. Depois que foram tiradas certidões do primeiro processo e que havia já uma mão-cheia de processos conexos. E depois que a lista de notáveis era interminável. E depois que novas detenções estavam iminentes.
Istambul, 02 Jun (Lusa) - A Associação Mundial de Jornais exortou hoje o presidente cubano, Fidel Castro, a libertar os 32 jornalistas cubanos presos e a pôr fim às perseguições a jornalistas independentes em Cuba, anunciou a associação num comunicado.
O cabeça de lista do PS nas europeias acusou Paulo Portas de ter levado o PP para a extrema-direita.
A Carlyle, afinal, ficou de fora da privatização da Galp.
Eu, que nada percebo de leis, fico sempre espantado quando alguém escreve - acreditando no que escreve - que, no sistema altamente político-mediatizado em que vivemos, existem pessoas ou entidades unica e exclusivamente interessadas na obtenção da verdade, pessoas e entidades que não fazem parte do jogo, que não se movem por interesses, próprios ou alheios.
O Cibertúlia já tem duas cartas do ministro Arnaut. Boa, boa - já pode apresentar duas queixas, ao abrigo do Dec-Lei (favor colocar o n.º) que proíbe a distribuição nas caixas de correio de publicidade não endereçada.
À porta do TIC, os jornalistas ouviam advogados. Por exemplo, o que representa os miúdos, a Casa Pia ou o Estado (não sei - mas esta confusão deliberada é um dos cernes deste caso e um dia ainda haverá de ser deslindada).
Andam por aí umas respostas a uma carta do ministro Arnaut. Não recebi nenhuma carta do ministro Arnaut. Como é que ele sabe que eu não vou à bola... com ele?
O Blasfémias engoliu o Liberdade de Expressão. A mania das fusões... Felizmente, neste caso, a fusão não visava a redução dos recursos humanos, como todas as outras. Digamos que a liberalismo personalista (será que isto existe?) cedeu ao colectivismo liberal (e isto?). Para já, como também acontece na sociedade de consumo a sério, quem fica a perder são os consumidores - perdemos uma das vozes mais interessantes da blogosfera.