Do Norte
A primeira megafusão da blogosfera portuguesa está a caminho. Talvez ainda esta noite haja notícias.
Everybody Knows This Is Nowhere - Neil Young
A primeira megafusão da blogosfera portuguesa está a caminho. Talvez ainda esta noite haja notícias.
Eu agora ia responder ao MacGuffin, principalmente àquela coisa de «não confundir o plano das convicções ideológicas com o plano da competência profissional e do relacionamento humano».
A revista Time - sim, essa que gosta tanto dos portugueses -, na sua edição europeia, dedica esta semana 18 páginas a Espanha (edição à venda amanhã). O título diz tudo: «Spain takes on the world». Na versão que circulará em Espanha, as tais 18 páginas de reportagem serão publicadas em castelhano. E, em vez dos habituais 6 mil exemplares, serão postos à venda 30 mil. Sin comentarios.
Agora já percebo a razão pela qual o Bloguitica diz que anda sem tempo para blogar. Para desmascarar um bluff, ele acha que é necessário passar pela Amazon. Meu caro, passe pelo Rossio e compre a Spectator e mais duas ou três e vai ver que chega.
Há quem diga que o «Força Portugal» com que a coligação PP/PSD se apresenta às europeias é uma mera cópia do slogan de Berlusconi. E que, no fundo, consubstancia o velho sonho de Portas, um cavaliere dos media que abraçou a política. E que, para que tal paralelismo seja perfeito, apenas falta que Durão/Portas sejam donos da quase totalidade do espaço mediático português. Discordo.
Há por aí um filme incómodo. Isto é, um filme com uma visão. Um ponto de vista. Neste caso, a morte de Jesus. Nunca me incomodou especialmente que a arte - um filme é arte, recriação, por muito histórico que pretenda ser - brinque com o real, o reinvente, o ficcione, o molde a seu jeito. Parece-me, de resto, que é assim que as coisas se passam. Com tudo.
«Eu desde já exijo que o meu lixo seja equiparado às minhas telecomunicações . Exijo que o meu lixo só possa ser aberto por ordem de um juiz e exijo que toda a informação irrelevante seja apagada dos arquivos dos fiscais do lixo. E vou começar a encriptar o meu lixo para confundir os fiscais. E sou contra o cruzamento dos dados obtidos no lixo com os dados da segurança social.»
Vale a pena lerem esta pequena notícia que nem no último número da Time:
1. Francia lanza una nueva oleada de privatizaciones para reducir el déficit. El País, primeira página, 27 de Fevereiro (no link available)
O Quase em Português escreveu há dias um texto divertido (CD's piratas ou Elogio do Bom Senso) sobre a nossa saudável mania de nos estarmos nas tintas para as leis.
O Amor e Ócio conclui, a partir de uma notícia do Correio da Manhã - Sexo oral pode provocar cancro - que o mundo está perigoso. Meu caro, esqueceu-se de uma regra de ouro na leitura de tablóides: a verdade é inversamente proporcional ao tamanho das letras. Neste caso, a única coisa que interessa é o antetítulo: o risco é diminuto.
O Viva Espanha propõe um método alternativo às sondagens - a frequência dos transportes públicos. A propósito, já compraram o passe? Depois não digam que não foram avisados....
Caro MacGuffin,
Então ninguém rebate o texto A verdade a que temos direito? Começo a ficar convencido de que a crise blogosférica anda mesmo aí. Ai anda, anda.
Se eu jurar que quando escrevi aquele «é o nosso gosto pelas bichas, presumo» do texto anterior não estava a pensar nisso ninguém acredita. É que não estava mesmo. Estava a falar do nosso gosto pelo convívio em fila indiana. Oops... Aquele «gosto pelo convívio» também não me soa bem. Volto já!
Hoje, lá fui comprar o L. Este mês, mais caro, mas muito melhor. Agora, abre portas no Metro e faz não sei o quê - já alguém percebeu o quê? - nos autocarros.
Durante a guerra do Iraque (20 Março - 9 de Abril de 2003), o Telediário 2 (principal telejornal de Espanha - às 21 horas, na TVE 1) deu a Aznar o dobro do tempo concedido a Zapatero para falar da guerra.
O Ma-Schamba, um atentíssimo e interessantíssimo blogue feito em Moçambique, que desconhecia (é o que dá a minha desatenção sobre África...), dá uma achega ao desafio sobre sondagens: «Talvez as sondagens pouco valham. Principalmente nestes interstícos eleitorais». Parece uma coisa óbvia, descontando o facto de frequentemente nos esquecermos do óbvio.
Aconteceu na Argélia, está a acontecer agora em Marrocos.
Na linha do que ainda hoje havia escrito, o Bloguitica comenta a sondagem afirmando que os portugueses vêem no PS uma alternativa mas não vêem em Ferro Rodrigues uma alternativa.
Tenho à minha frente uma sondagem que coloca o PS francamente à frente do PSD e o líder socialista, Ferro Rodrigues, claramente como o líder partidário mais impopular.
Anda por aí novamente o debate sobre o anti-semistismo. Já por aqui passou e, sinceramente, não tenho muito mais a dizer. Reparo, novamente, que a questão é indissociável da política concreta do estado de Israel. Há um anti-semistismo com raízes históricas, religiosas se quiserem, que nem sequer discuto. Apenas condeno, com veemência. Mas há um anti-semitismo mais recente, mais político, que é gerado e alimentado pela cegueira de Israel (e dos Estados Unidos, obviamente) que recusam a evidência - os palestinianos têm o mesmo direito a viverem em paz que os israelitas. Podemos jogar com as palavras, debater conceitos, mas voltamos sempre ao mesmo - Israel, o estado de Israel, é ele próprio gerador de anti-semistismo, em sentido lato. E eu, que nem sequer tenho qualquer gosto por teorias da conspiração, não estou completamente seguro de que não seja premeditado.
Isto tem sido uma corrente de ar... Nos últimos dias, a porta não pára de bater. O Outro-eu saiu, desistiu, aparentemente de vez, o que é pena. Mas eis que (re)chega o Amor e Ócio. E cheio de vontade de trabalhar...
Soube pelo Adufe que a Rita Ferro Rodrigues já não está No Parapeito. Isto um dia depois de ter sido manchete no 24 Horas (!!!) - «Ela conta tudo sobre a filha». Se bem me lembro... é a primeira vez que (à parte o Muito Mentiroso) um blogue foi manchete. Pelos vistos, a popularidade mata...
O Bloguitica anda desanimado e admite encerrar o blogue ou mudar-se para um colectivo. Duas péssimas ideias... De qualquer modo, se optar pela segunda, sugiro-lhe a Grande Loja do Queijo Limiano. Até já lhe disseram que tem «falta de lucidez», característica essencial para integrar o tal estabelecimento queijeiro.
Mais um contributo para a agenda da blogosfera:
O meu amigo RR - viciado nas coisas da economia - sugere-me que faça um negócio com o MacGuffin. Vamos fazer uma empresa - proponho que fabriquemos frigoríficos, daqueles pequenos tipo escritório, e que exportemos para o promissor mercado da Islândia. Metemos capital em partes iguais. Como o modelo até é de qualidade, exportamos muito nos primeiros meses. Um sucesso, o negócio vai de vento em pôpa. Compramos carro novo, uma casa de férias, coisas assim. Ao fim de alguns meses, as encomendas - vá lá saber-se porquê - começam a voltar para trás. A empresa começa a ficar em dificuldades. Mas nós não vacilamos - recorremos às receitas extraordinárias. No primeiro mês, vendemos o carro. No segundo, uns apartamentos que compráramos para pôr a render no mercado de aluguer. No terceiro mês, decidimos fazer uma receita extraordinária vendendo a máquina xpto de pintar frigoríficos. No quarto mês, vendemos um armazém onde guardávamos os frigoríficos... Andamos muito satisfeitos - as contas estão equilibradíssimas. Só é pena que há muitos meses não vendamos um único frigorífico para a Islândia ou outro país qualquer.
Diz um empregado da Portugália da Expo para o outro: «Isto está cheio de espanhóis...»
Esse local de referência que é o Blogue dos Marretas está a comemorar o primeiro aninho de vida. Não percam tempo, vão até lá dar uma marretada, que hoje é de borla...
Quando Durão Barroso chegou ao Governo impôs a norma de cada ministério ter apenas um assessor de imprensa. A ideia era pôr cobro ao regabofe socialista, que tinha criado uma invejável rede de emprego a este nível. A verdade é que, hoje, a maioria dos ministérios tem gordas assessorias de imprensa, que os secretários de Estado têm assessores de imprensa e que a generalidade dos gabinetes ministeriais têm assessorias políticas, pagas a peso de ouro, que fazem inveja a qualquer empresa privada (o ministro da Defesa até faz gala de que se saiba...).
O MacGuffin tem toda a razão. Nesta coisa do défice, a contabilidade anda de mãos dadas com a política. Sim, que isto das operações contabilísticas a que chamam «despesas extraordinárias» é, claramente, uma opção política de fundo.
Há nesta coisa do Carnaval português standardizado pela influência brasileira uma marca de falsidade que supera todas as medidas.
Sobre a falta de currículo para o cargo de Presidente da República patenteada por Santana Lopes e denunciada por Miguel Sousa Tavares, escreve Neptuno, no Mar Salgado: «será inferior ao de Sampaio quando se candidatou pela primeira vez?».
Os Frescos estão de novo activos para aqueles que querem saber as actualizações na blogosfera. Como disse há dias, construir uma lista pessoal é muito fácil. E agora ainda mais com as dicas do Frescos.
Dizer bem de Helena Matos foi chão que deu uvas.
Há pessoas que têm cada fixação...
Deixem-me ver se percebi:
Tenho duas notícias para vos dar. Uma é má, a outra boa.
Vocês acham que o Balsemão me devolve os 3 euros?
Eu pensava que o Liberdade de Expressão ia dizer que o Governo mostrou um défice falso. Conseguido à custa de manobras de maquilhagem, de venda de património, de truqes financeiros. Que o Estado não se reformou, que a Administração Pública não melhorou a gestão, que o Estado deve a toda a gente e não paga. Que nada disto é sustentável, que esta melhoria do défice não é estrutural.
A figura de Vale e Azevedo - tudo o que ele representa - não me é simpática. Mas isso só me deixa mais livre para me indignar com a palhaçada de justiça que rodeia aquele homem. E o que aconteceu esta semana é apenas mais um episódio.
Na página 13 da edição de hoje do El País, a ilustração de Máximo é a seguinte: um esboço da Península Ibérica, com a Espanha sombreada de cinzento e a seguinte inscrição sobre Portugal e França - país normal.
Agora que a Disney comprou os Marretas, acham que a maluca da Miss Piggy vai atirar-se ao fofinho do Piglet?
No Glória Fácil procura-se um passarólogo. O único que conheço passeia-se de vaporetto pelos canais de Veneza, lendo poesia e ouvindo (!?) música country (!?). Também é especialista em ácidos. E em candidatos presidenciais. Já repararam?
Quando vi hoje a manchete da Visão - Sexo faz bem à saúde - lembrei-me daquela velha frase anarca: se o trabalho dá alegria que trabalhem os doentes. É claro, isto era no tempo em que os anarcas não eram pessoas doentes...
Pacheco Pereira tem razão. Se Cavaco Silva anunciar a sua candidatura à Presidência da República, «cinco minutos depois terá o apoio do PSD, dez minutos depois, do PP».
O programa da SIC Notícias com o Morais Sarmento passa outra vez, hoje, às 13 horas.
Lendo os jornais de hoje, noto que fui profundamente injusto com o tal Clube apresentado por Helena Roseta. Desde logo porque os promotores tiveram um especial cuidado em apresentar gente nova, pouco conotada com partidos:
Na televisão, Helena Roseta apresentava uma coisa chamada Clube de Política Liberdade e Cidadania, cujo objectivo é atrair para a política gente que não gosta de ir a reuniões de partidos.
O ministro Morais Sarmento acaba de dizer na SIC que a RTP dava um prejuízo de 30 milhões de contos (por ano?) e que, «se fosse noutros países, os responsáveis estariam presos». Há dois anos que o ministro anda a dizer isto. Serviços públicos de televisão a dar prejuízo são aos pontapés por esse mundo fora. E nunca ninguém pediu ao ministro um exemplo de um país em que haja responsáveis desses presos. E também nunca ninguém lhe perguntou se vai mandar prender as dezenas de gestores de empresas públicas e para-públicas que, já sob a direcção da coligação PSD/CDS, continuam a dar sumiço a muitos milhões de contos.
A graça disto é precisamente a sua geometria variável. A geometria externa - os que saem, os que entram, os que são mais lidos, os que preguiçam e caem nos tops... E também a geometria interior - o dia em que escrevo, em que tu não escreves, em que escrevemos sobre política, em que falo de um disco, em que dizes um disparate só para desanuviar...
As absolvições do caso de aborto de Aveiro - independentemente dos aspectos pessoais envolvidos - são uma péssima notícia, na medida em que reflectem e consolidam a hipocrisia reinante sobre a matéria.
Há males que vêm por bem. Devido às palermices que andaram a fazer com as listas de blogues actualizados, fiquei sem uma das ferramentas que mais usava. Vai daí, arregacei as mangas e atirei-me ao http://blo.gs. E descobri que, afinal, é muito fácil elaborar uma lista de favoritos para uso pessoal. Fica, porém, um problema por resolver - quem fez a lista que estava a circular tinha o cuidado de a actualizar, pelo que nós sabíamos sempre que surgiam blogues novos cá no burgo. Agora, vai ter de ser às apalpadelas. De qualquer forma, penso que algum dos alojadores de blogues nacionais poderia tentar fazer uma lista destas para uso generalizado - só não sei se isso é tecnicamente possível.
Haiti. Vejo as imagens da rebelião. E as imagens da extraordinária pobreza. E penso noutra ilha, ali ao lado. Cuba. Tão pobre também. E não vale a pena virem-me com histórias de liberdade e democracia. Que o Haiti não é melhor que Cuba.
'Tá um frio do caraças. E o frio, como se sabe, faz encolher a banda larga.
A SIC pegou no seu comentador do Jornal da Noite e levou-ou ao Jornal da Noite para ser entrevistado na qualidade de candidato a candidato a Presidente da República. Audiência de milhões.
A constipação deste gajo é mais velha que a gripe das aves... Num acesso de febre, atira cá para o mangas as culpas pelo vírus Santana que anda para aí a atacar os blogues. Então é assim:
«Encontros e Desencontros». Este foi o melhor título que os brasileiros encontraram para o filme «Lost in Translation», que em Portugal pode ser visto com o título «O Amor é um Lugar Estranho».
Consultando os gráficos constantes do site especializado das Nações Unidas, um observador mais apressado seria levado a concluir que a reposição dos níveis de produção de ópio teria sido o principal motivo para a invasão americana do Afeganistão:
Vieram no fim-de-semana levantar as decorações de Natal. Demoraram, mas compreendo - tinham esperança de que houvesse replay. Taparam alguns buracos do passeio, outros nem por isso. Juntam-se aos do ano passado, e do outro e do outro. Até o Natal nos serve para o desmazelo.
Quem, como eu, usa o http://blo.gs/2097/favorites.html para ler blogues actualizados teve uma surpresa hoje de manhã. Os links dos nossos blogues favoritos (clicava-se e funcionavam mesmo...) tinham sido ocupados por slogans anti-Santana, em particular, e anti-Situação, em geral. Será que a Microsoft já tem um patch para esta vulnerabilidade do sistema?
É nestas pequenas coisas que se manifesta a superioridade moral da esquerda. Estou sinceramente chateado porque o MacGuffin veio de Évora ao El Corte Inglés (ao Club Gourmet, entenda-se...) logo num dia em que o sítio está fechado. Para seu consolo, meu caro, sempre lhe digo que quem inventou estes horários estapafúrdios para as chamadas grandes superfícies foi o engenheiro Guterres, esse malandro. And I mean it.
Escreve-se no Opiniondesmaker: «O Avatares e o Terras são dois blogues que constroem no seu fluxo uterino uma ponte entre uma esquerda vaidosa e uma direita reprimida. Esse religare tão peculiar faz também deles dois assumidos símbolos religiosos.»
Vejo na televisão o autocarro do FC Porto, num sábado à tarde sem trânsito, no centro de Lisboa escoltado por motas da polícia.
Paulo Portas inicia na segunda-feira, em Lisboa, uma volta pelo país para «responder aos ataques que têm sido desferidos contra o CDS». Noticiou hoje o Expresso e ainda não foi desmentido.
Madredeus num dia assim.
Santana Lopes anuncia (no jornal de que toda a gente diz mal e que não se pode linkar porque é a pagar) que vai ser candidato à presidência da República. Porquê?
O número de abortos praticados em Espanha não pára de crescer, diz o El Mundo.
Afinal, Paulo Portas tinha razão - Mário Soares é um malandro. Quem o confirma é Vasco Gonçalves. Que também dá a receita para sairmos desta crise - uma «luta pluriclassista». Excelente ideia, não é camarada Paulo?
A ministra Cardona afirma:
Um mês e meio após a liberalização dos preços dos combustíveis, as empresas petrolíferas preparam-se para o terceiro aumento de preço. Logo:
Compromisso Portugal... Missão Portugal.
... por enquanto. O desfile carnavalesco (antecipado) que vai pelo PS.
A Sofia, da Natureza do mal, escreve que «o par interessante do Terras do Nunca é o Mar Salgado».
Deve elogiar-se o esforço de Freitas do Amaral. Conseguiu, dentro da lei, compatibilizar a despenalização do aborto com a manutenção do crime. Agradar a gregos e a troianos.
O estrangeirado de Londres anda à procura de sexo e amor na Internet (ao que uma pessoa chega...). Se os links que deixei por aqui há uns meses ainda estiverem activos, acho que o posso ajudar.
Concordo com a argumentação de José Pacheco Pereira no artigo de hoje no Público - os EUA tinham que fazer alguma coisa após o 11 de Setembro. Fizeram-no, no Afeganistão, derrubando o regime que apoiava directamente os terroristas. Mas logo se perceberam os limites do poderio americano - Ben Laden continua a monte, evaporou-se entre o Afeganistão controlado militarmente pelos EUA e o Paquistão, um dos países muçulmanos mais cooperantes na guerra ao terrorismo.
Paulo Tunhas, um dos autores do famoso livro Impasses que muitos têm chamado à liça para mostrar a superioridade dos argumentos americanos na guerra do Iraque, escreve hoje no DN um artigo que vale a pena ler na íntegra. Porque, no fundo, ele é revelador da hipocrisia e má-fé com que o campo do sim à guerra tem lidado com o assunto.
Miguel Poiares Maduro escreve hoje no DN um dos retratos mais perfeitos da blogosfera nacional. É um retrato elogioso, claro, que nós merecemos (não, não estou a ser irónico):
O VLX, do Mar Salgado, após ter escrito uns dislates sobre Salazar, a que acrescentou dose equivalente sobre o colonialismo, vem agora dizer que, afinal, foi tudo um «estudo» para ver como a malta reagia, assim uma espécie de manipulação de emoções:
Há dias, o Jaquinzinhos declarou ao mundo que gosta muito de Diogo Mainardi, mesmo sem o ter lido (já parece a outra, que lia grego às escuras...), só porque eu tinha criticado o gajo uma ou duas vezes. E que ia ver um filme qualquer porque havia não sei quem que não gostava do dito.
«I don't remember the statement being made, to be perfectly honest.»
Assuntos sobre os quais não tenho opinião?
Alexandre Mota Pinto, no Mar Salgado (a nau estava mesmo a necessitar de um reequilíbrio...), levanta uma série de questões muito interessantes sobre as relações entre desporto e política, na sequência de um texto (Pereira Alegre) que aqui escrevi sobre o mesmo assunto.
O juiz Rui Teixeira declinou o convite do Conselho Superior de Magistratura para vir explicar publicamente as decisões que tem tomado no processo Casa Pia.
O Lutz, Quase em Português, descobriu que é de esquerda quando começou a frequentar blogues. Pela parte que me toca, quando aqui cheguei até já tinha esquecido essa coisa da direita-esquerda. Quase afiançaria que escrevi algures que esse confronto já nem faz sentido. E quem se der ao trabalho de ir ler uns textos antigos, ao acaso, até constatará que frequentemente tentei fugir do jogo ideológico.
O que eu gostava mesmo era que o FNV, do Mar Salgado, me apresentasse o VLX «da outra colina» para eu poder exercer um pouquinho na minha «indignação selectiva»
No dia em que um conjunto de empresários e outras almas cheias de boa vontade se juntaram para discutir o futuro da nação, o nosso governo mostra que não dorme:
Não há maminhas p'ra ninguém...
Há em Pedro Mexia uma desonestidade que me desagrada particularmente.
1. 300 empresários e similares propõem-se debater, entre outros pontos, «um modelo económico que permita ao país alcançar níveis superiores de riqueza e sair da cauda da Europa nos próximos dez anos.»
Desta vez, concordo com o FNV, do Mar Salgado. É simplesmente escandaloso que a malta de esquerda não encontre mais nada para comentar do que a exposição da mama direita da Janet Jackson.
Há coisas que nunca hei-de perceber. Por exemplo, a cegueira que conduz aqueles que colocam tudo numa permanente dicotomia esquerda-direita.
Ao leitor que hoje aqui veio, através do Google, à procura de «as mais belas palavras começadas por A»:
Questiona-se esta maliciosa: «É impressão minha ou a Celeste Cardona é a cara chapada da amiga Olga?»
Comecemos pelas citações:
Uma semana após a histórica dupla manchete sobre Vitorino /Marcelo /Jardim /Amaral, comentada e achincalhada na pequenita aldeia global que vai de Lisboa a Cascais (com passagem pelo eixo Leça/Gaia), o Expresso dedica-se a ajustar contas.
Desconfio sempre que vêm com o poder dos media, seja ele o quarto ou o contra.
Natalia Verbeke tornou-se visita regular para quem vê tv cabo (porque haverá tantos anúncios a pensinhos nos canais da tv cabo?). Ignorante e desatento a tudo o que é cinema (quanto ao espanhol, nem se fala...) sempre imaginei que se tratava de uma personagem. Afinal, é actriz. Soube-o pelo Janela para o Rio. E seguindo os links sugeridos, descobri finalmente o que tem ela na mala. Querem espreitar [link retirado em 28 Fev 05]?
No Glória Fácil comentam-se de novo os dislates do senhor VLX, do Mar Salgado.
Guterres não tem nenhuma intenção de mudar o que está a fazer. Por isso, afasta corrida a Belém.
Há uma semana insurgi-me porque andava por aí um tolo a dizer que tinha saudades de Salazar.
O LR, do Mata-mouros, fala do que não sabe.
Eu até gostaria de subscrever, assinar por baixo, etc, o que o Jaquinzinhos tem escrito sobre os direitos de autor. Mas os mui restritos e restritivos critérios ideológicos que coloca em tudo o que escreve, lê ou vê certamente que me impediriam de o fazer.
O Liberdade de Expressão recomenda três artigos com muita graça do Inimigo Público. Tem razão, mas revela uma grande dose de modéstia. Por exemplo, o texto que escreve sob o título «Pensar é mais fácil que fazer» é tão engraçado como os do Inimigo Público. «Pensar» e «fazer», meu caro, não se excluem um ao outro. Pelo menos quando são usados cronologicamente e pela ordem correcta. E isto nada tem a ver com esquerda e direita.
O Barnabé denunciou, para espanto de muita gente, que Manuela Moura Guedes só apresenta o telejornal (!!!) da TVI devido a uma qualquer cumplicidade familiar.
A rapaziada do Quinto dos Impérios decidiu desmontar o último texto do Fernando Rosas no Público, contrapondo a cada um dos parágrafos do bloquista de raíz maoísta afirmações com sentido contrário.
A liberalização dos preços dos combustíveis segue a bom ritmo.
Quando aqui cheguei, não me apresentei, nem mostrei BI. Assinei jmf e fiquei satisfeito. Não sou estrela dos media, mas também não sou anónimo. Tenho o nome profissional que a lei obriga. Senti-me bem com o semi-anonimato - o que ia escrevendo valia por si, no círculo das amizades/conhecimentos toda a gente sabia.
[Este é um texto que eu não deveria escrever. Porque tenho de perder esta mania de ter opinião sobre tudo e mais alguma coisa; e porque serei certamente acusado de sexista, machista, ou coisa parecida. Mas, o que querem?, não resisto?]
Chegou-se à janela e apontou o telemóvel às nuvens.
Tive notícia de que alguns mails que me enviaram não chegaram ao destino. Presumo que tenham sido vítimas da onda de vírus que por aí anda. Se for esse o caso, prova-se, mais uma vez, a eficácia do Yahoo! (o filtro anti-spam tem sido de grande utilidade). Se for caso disso, façam a fineza de reenviar.
No intervalo do filme, entre duas novelas, enquanto esperas pelas notícias.
Desde que Colin Powell, Donald Rumsfeld e Tony Blair começaram a admitir que, afinal, armas de destruição maciça népia, nota-se um certo silêncio em alguns dos nossos mais notórios blogues. Silêncio, ou pior. Agora falam do estado do tempo, da nova cor de cabelo da vizinha do 7.º D, da chatice que é levar o cão a cagar todas as noites, da mamo-graphia da Janet Jackson, das sopas tão boas que se comem na Adega da Tia Zulmira...
O CAA, do Mata-mouros, tem um texto lamentável sobre Fidel Castro.
Está farto de política? Desconfia que o autor deste blogue o quer catequizar para uma causa pouca razoável e de objectivos mais que duvidosos?
A direcção do CDS/PP esteve reunida esta noite para analisar os ataques de que o partido tem sido alvo. Descodifiquemos os «ataques»: 2 por cento na sondagem do DN, 4 por cento na sondagem do Público.
Donald Rumsfeld diz que no Iraque não foram encontradas armas de destruição maciça, mas também não foi provada a sua inexistência.
A vacuidade do debate esquerda-direita vem à tona na constatação, de alguma direita, de que o candidato supostamente mais bem colocado dos democratas americanos está a ficar para trás. Estranho regozijo: quando a esquerda é derrotada (!?) pela esquerda.
Fico sempre com dúvidas sobre se valerá a pena trocar umas palavras com o FNV, do Mar Salgado. Ele é daqueles que só não vê porque não quer ver. Por exemplo, que a fome em Setúbal, as bandeiras negras, a bordoada nos sindicalistas, foram no Governo do Bloco Central. Bastava ele ir ao tal livro da Avillez que tem lá em casa.
Estou desiludido. Será que vou ter de esperar por sexta-feira - ou, pior, por uma certa página de um certo jornal de sábado - por um sentido elogio fúnebre de Kaulza de Arriaga?
O Jaquinzinhos não conhece, mas manifesta alguma curiosidade por Diogo Mainardi.
O FNV, do Mar Salgado, decidiu atribuir-me o prémio Memória Selectiva, por ter escrito que «os salários em atraso, a fome que havia no país e as cargas policiais», dos tempos de Mário Soares como primeiro-ministro, ocorreram em governos de coligação com os dois parceiros da actual coligação.
Confesso que ainda não percebi o ponto do Bloguitica acerca da guerra do Iraque.
Opinião de um leitor, na secção de cartas da Veja, sobre Diogo Mainardi: «Desinformação por desinformação, prefiro uma página em branco».
I wanted marry with you
O Retorta tem por estes dias uma das coisas mais belas da blogosfera - um ensaio fotográfico da passagem da Ronda dos Quatro Caminhos pelo CCB. Quem lá não esteve (penitencio-me...) vai sempre a tempo de ver aquelas fotos com banda sonora do disco Terra de Abrigo.
O José «Um, dois, três... cinco minutos de jazz» Duarte escreveu há uns anos uma frase de que gosto particularmente: «A boa música distingue-se da má pela qualidade.»
1. Adeptos violentos vão ter cadastro (manchete do DN)
Irrito-me amiúde com a abusiva intromissão do fait divers, da coluna social e do comentário no noticiário político. Tenho cada vez mais saudades - e presumo que não estarei só - do noticiário político puro e duro.
Chamem-me bota de elástico... mas acho aquele anúncio de telemóveis com o slogan «Karga nisso» de um valentíssimo mau gosto.
«Docentes à beira de um ataque de nervos
... é claro que ponho de parte que Paulo Portas, líder do CDS, fosse capaz de lembrar «os salários em atraso, a fome que havia no país e as cargas policiais» do tempo em que Mário Soares era primeiro-ministro de um governo do PS em coligação com... o PSD.
Uma semana depois, longe de qualquer câmera de televisão, um miúdo de 14 anos cai fulminado num longínquo recinto desportivo.
Paulo Portas, líder do CDS, lembrou hoje «os salários em atraso, a fome que havia no país e as cargas policiais» do tempo em que Mário Soares era primeiro-ministro.
E se eu chamar Ministra da Justiça a Celeste Cardona, poderei ser levado a tribunal?